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Praias do Algarve podem desaparecer

A Praia da Fuseta-Mar, em Olhão, e a Praia do Forte Novo, em Quarteira, estão entre as zonas mais afetadas pela erosão costeira no Algarve. O Governo anunciou investimentos superiores a 16 milhões de euros para reabilitar estas áreas, mas os prazos apertados e os procedimentos administrativos levantam preocupações quanto à conclusão das obras antes da época balnear.

A erosão costeira tem sido uma preocupação crescente no Algarve, com várias praias a perderem areal devido a fenómenos naturais e à ação humana. A Praia da Fuseta-Mar, por exemplo, recebeu 80 mil metros cúbicos de areia em 2018, mas o cordão dunar voltou a ceder. Em abril de 2024, a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, confirmou o financiamento para adicionar 150 mil metros cúbicos de areia à praia, ficando a cargo da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) justificar um concurso de emergência.

Na Praia do Forte Novo, em Quarteira, o temporal do final de março de 2024 fez desaparecer o areal e destruiu parcialmente os passadiços. A APA tem um projeto de 14 milhões de euros para repor areia numa faixa litoral que inclui esta praia, estando a realização da recarga do areal dependente de uma candidatura a fundos da União Europeia e à abertura de um concurso público internacional .

O Governo anunciou um investimento de 16,7 milhões de euros para a proteção do litoral algarvio, com intervenções em faixas costeiras em Loulé e Portimão, numa extensão total de oito quilómetros. A operação maior é a prevista para o troço Quarteira – Garrão (Loulé), com um investimento de 14,3 milhões de euros, que consiste na alimentação artificial daquela área, numa extensão de 6,6 quilómetros, combinando a reposição de areias com a proteção das arribas .

A ministra do Ambiente afirmou que a intervenção em Quarteira poderá demorar mais tempo, devido ao facto de requerer um concurso internacional, dado o valor da empreitada, sendo o prazo previsto para os trabalhos de oito meses.

Estas intervenções integram um investimento total de 140 milhões de euros para proteção do litoral, previstos no Programa Sustentável 2030.

A erosão costeira no Algarve é um fenómeno que afeta várias zonas, exigindo intervenções regulares para preservar o litoral. As autoridades locais e nacionais têm vindo a implementar medidas para mitigar os efeitos da erosão, mas os desafios persistem, especialmente face às alterações climáticas e à necessidade de conciliar a proteção ambiental com o desenvolvimento turístico.

A situação nas praias da Fuseta-Mar e do Forte Novo exemplifica a complexidade de gerir e proteger o litoral algarvio, onde a natureza e a atividade humana se entrelaçam, exigindo soluções sustentáveis e eficazes.

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