O Primeiro-Ministro anunciou, esta tarde, a decisão de solicitar à Entidade para a Transparência que audite a conformidade das suas declarações patrimoniais e a evolução do seu património, num claro esforço para esclarecer eventuais dúvidas públicas sobre a sua conduta profissional e pessoal.
De acordo com um comunicado emitido pelo gabinete do líder do PSD, Luís Montenegro, o chefe do Governo considera que têm surgido, nos últimos dias, diversas notícias que referem alegadas condutas indevidas atribuídas ao Primeiro-Ministro, tanto no âmbito profissional quanto patrimonial. O comunicado sublinha que muitas dessas notícias são baseadas em “pressupostos falsos, incorreções e imprecisões”, além de interpretações jurídicas que, segundo o Governo, são “altamente discutíveis”.
No texto divulgado, o Primeiro-Ministro reafirma que cumpriu integralmente as suas obrigações declarativas, assegurando que o seu património é “totalmente compatível” com os rendimentos provenientes do trabalho da sua família. A decisão de solicitar a auditoria à Entidade para a Transparência visa dissipar qualquer dúvida remanescente, tanto em relação à veracidade das suas declarações como à evolução do seu património ao longo do tempo.
Adicionalmente, o comunicado faz referência às denúncias anónimas que foram apresentadas à Ordem dos Advogados e à Procuradoria-Geral da República. Embora o conteúdo dessas denúncias seja desconhecido, o Governo considera que estas podem ser uma oportunidade para afastar eventuais dúvidas sobre a legalidade das ações do Primeiro-Ministro, aguardando-se, por isso, a conclusão das investigações em curso.
Este pedido de auditoria surge num momento em que a confiança nas figuras políticas e nos seus processos declarativos tem sido um tema recorrente no debate público, e o Primeiro-Ministro procura com esta ação reforçar a transparência e a sua integridade perante a opinião pública.