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PSD vence Autárquicas e conquista as principais cidades do país

O Partido So͏cial Democra͏ta (P͏SD) ganhou as ͏eleições l͏ocai͏s que aconteceram neste ͏Domingo͏, 12 de Outubro, ao esco͏lher 80 chefes d͏e câmara a solo e, ao todo, 136, algumas em coligação. O partido passou o Partido Socialista ͏(PS͏), que garantiu 76 cidades, ͏numa eleição cheia de vitórias s͏ociais-de͏mocrata͏s em Lisboa e no Porto.

O map͏a das c͏âmaras do país ͏teve mudanças͏ grandes n͏estas elei͏ções de ͏2025. ͏Nos 308 locais, o PSD apareceu como a força política com mais câmaras,͏ quatro ͏a ma͏is ͏qu͏e o PS. A noite da votação confirm͏ou que Carlos͏ Moedas foi ͏esc͏olhido no͏vamente na capital e Rui Mor͏eira foi͏ substituído͏ po͏r Pedro Duarte, também do PSD, na cidade do Porto. O partido Chega obteve um feito nunca visto antes ao ga͏nhar sua pr͏imeira presidência de câmara em Albufeira entre outras ͏vitórias. A͏s pessoas͏ indo votar ͏viu uma le͏ve alta em comparação com 2021, ficand͏o em 21;72 por cento até as 12:00.

Estas eleições autárquicas foram palco de disputas renhidas e de algumas surpresas, reflectindo as projecções iniciais que apontavam para uma competição equilibrada nas principais áreas metropolitanas. A consolidação da vantagem do PSD em Lisboa e Porto foi um dos factos mais relevantes da noite.

Vitórias decisivas para o PSD e surpresas socialistas

O PSD assegurou a liderança em cidades de grande importância estratégica. Em Lisboa, Carlos Moedas revalidou o seu mandato, consolidando a sua posição na capital do país. No

Porto, Pedro Duarte conseguiu mudar a autarquia para a esfera social-democrata. Outras vitórias de relevo para o partido incluíram Braga, com João Rodrigues (numa coligação PSD/CDS/PPM), e Vila Nova de Gaia, onde o regresso de Luís Filipe Menezes foi bem-sucedido, tendo este prometido auditorias à anterior gestão socialista.

O PS, apesar da perda do estatuto de partido mais votado em número de câmaras, obteve vitórias simbólicas importantes. Ana Abrunhosa recuperou Coimbra para os socialistas, e em Faro a vitória também sorriu ao PS. Em Leiria, Gonçalo Lopes foi reeleito com maioria absoluta. Uma das maiores surpresas da noite foi a conquista socialista em Bragança, um bastião histórico do PSD há 28 anos, mostrando a complexidade e a dinâmica local do voto, e Viseu, o antigo coração do Cavaquistão (referindo-se ao então primeiro-ministro Cavaco Silva).

Outro resultado de grande impacto ocorreu em Setúbal, onde Dores Meira, candidata independente, pôs fim a um domínio de 24 anos da Coligação Democrática Unitária (CDU), que sofreu uma das suas derrotas mais pesadas. O partido Chega, por seu turno, além de Albufeira, registou vitórias que confirmam a sua ascensão e implantação no poder local.

Análise e conclusões: Um novo mapa do poder local

A comparação dos resultados das eleições autárquicas de 2025 com as de 2021 revela uma reconfiguração profunda do poder local em Portugal. A principal conclusão é a inversão de papéis entre os dois maiores partidos: se em 2021 o PS foi o grande vencedor com 148 câmaras (incluindo coligações), em 2025 é o PSD que assume a dianteira, ainda que com um número total de 136 autarquias, o que demonstra uma maior fragmentação do poder. Ambos os partidos perderam dezenas de municípios, um sinal claro de desgaste e da emergência de novas forças.

A segunda conclusão evidente é a afirmação do Chega como quarta força política a nível autárquico. O partido passou de zero presidências em 2021 para a conquista de municípios relevantes em 2025, como Albufeira e Entroncamento. Este facto representa a sua efectiva implantação no território e a capacidade de capitalizar o descontentamento para além do voto de protesto em eleições legislativas. A sua ascensão ocorre em paralelo com a acentuada quebra da CDU, que perde bastiões históricos como Setúbal e continua uma trajectória de perda de influência no Alentejo e na Península de Setúbal, ainda que mantenha mais de uma dezena de municípios.

Por fim, os resultados de 2025 sugerem um realinhamento político com implicações para o cenário nacional. A vitória do PSD nas duas maiores cidades do país e a liderança no número total de municípios conferem ao partido e ao seu líder um novo fôlego e uma base de poder territorial crucial. Para o PS, a perda da hegemonia autárquica, apesar de vitórias simbólicas, representa um sério aviso e reflecte um descontentamento que se manifesta a nível local. O crescimento dos movimentos independentes, como o que venceu em Setúbal, é também um sintoma da crescente distância entre os eleitores e as estruturas partidárias tradicionais.

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