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Quarenta e um anos depois, Portugal celebra ouro de Carlos Lopes

Às 17.00 de Domingo, 12 de Agosto de 1984, em Los Angeles, Carlos Lopes ganhou a maratona olímpica e ofereceu a Portugal o primeiro ouro dos Jogos. Em Portugal eram cinco da manhã e o País acordou para a história com lágrimas e euforia

Inscreveram-se cento e sete atletas de cinquenta e nove países e setenta e oito cortaram a meta. O pequeno grande fundista que treinara semanas antes na Segunda Circular, em Lisboa, superou um atropelamento e alinhou sem concessões à dor, para vencer com autoridade. Em 28 de Julho de 1984, fora abalroado pelo então candidato à presidência do Sporting, o comandante da TAP Lobato de Faria, episódio que não o afastou do seu objectivo.

A corrida e os recordes

Aos trinta e sete anos, Carlos Lopes tornou-se o mais veterano campeão olímpico da maratona. Fixou em Los Angeles o recorde olímpico, 2h09m21s, marca que permaneceu durante vinte e quatro anos, até ser batida em 2008, em Pequim, pelo queniano Samuel Wanjiru.

A vitória coroou duas décadas de trabalho e uma preparação metódica que transformou o fundista numa referência global. No ano seguinte, em 1985, o português elevou o limite da maratona a um novo patamar e tornou-se recordista mundial da distância, consolidando a sua aura de excelência.

Rosa Mota e a alvorada do pódio feminino

Los Angeles 1984 também anunciou Rosa Mota ao mundo. A portuguesa conquistou o bronze na estreia olímpica da maratona feminina e abriu caminho para o ouro em Seul, em 1988, tornando‑se a primeira mulher portuguesa medalhada e, depois, campeã olímpica.

Ao longo da década, Rosa Mota acumulou títulos europeus e mundiais e foi distinguida pela Associação Internacional de Maratonas e Provas de Estrada como a melhor maratonista de sempre, um reconhecimento raro pela consistência e pela coragem competitiva.

O bronze de António Leitão nos 5 000 metros

A terceira medalha portuguesa em Los Angeles chegou com António Leitão, bronze nos 5 000 metros, numa final fulgurante que confirmou o estatuto do meio‑fundo nacional. A sua carreira, brilhante e breve, ficaria marcada por lesões persistentes.

Leitão desapareceria em 2012, aos cinquenta e um anos, vítima de doença, deixando um legado inspirador e a memória de uma das corridas mais rápidas da história olímpica da distância até então.

Memória e legado

Quarenta e um anos depois, a imagem de Carlos Lopes a cortar a meta continua a condensar uma ambição colectiva: vencer com trabalho, disciplina e frontalidade. A RTP fixou esse momento num documentário que revisita depoimentos e imagens do triunfo em Los Angeles.

A página de 1984 permanece singular: três medalhas, um recorde olímpico duradouro e o nascimento de uma escola de fundo que influenciou gerações. Por isso, Carlos Lopes ouro maratona Los Angeles 1984 não é apenas uma efeméride; é um padrão de exigência que o desporto português ainda persegue.

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