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Relatório Revela Falhas Graves dos Serviços Secretos no Atentado a Trump

05Um relatório divulgado esta sexta-feira expôs falhas graves na comunicação e na coordenação entre os Serviços Secretos dos EUA e as autoridades locais, no atentado contra o ex-presidente Donald Trump, ocorrido a 13 de julho, durante um comício em Butler, Pensilvânia. O documento detalha como a falta de ligação entre as diferentes forças de segurança prejudicou a resposta ao ataque, no qual Trump foi ferido no ouvido após um atirador disparar oito tiros na sua direção a partir de um edifício próximo.

O relatório de cinco páginas, que resume as conclusões da investigação interna dos Serviços Secretos, revela uma série de deficiências operacionais e logísticas que comprometeram a segurança do ex-presidente. Entre os principais problemas identificados está o facto de alguns agentes locais desconhecerem a existência de centros de comunicações instalados no local, resultando numa falha crítica na partilha de informações entre as forças envolvidas. Esta falta de coordenação impediu que a equipa de segurança de Trump fosse informada de que as autoridades estatais e locais já estavam a focar-se na localização do suspeito nos minutos que antecederam o tiroteio.

O atirador, Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi abatido por um contra-atirador dos Serviços Secretos pouco depois de iniciar o ataque. No entanto, o relatório sublinha que o local escolhido para o comício, por ser mais adequado ao grande número de participantes esperados, apresentava um elevado risco de segurança devido às múltiplas linhas de visão vulneráveis, que poderiam ser exploradas por eventuais atacantes.

Outra falha grave foi a ausência de polícias no telhado de onde Crooks lançou o ataque, uma zona que deveria ter sido identificada e vigiada previamente. Adicionalmente, uma equipa tática alocada ao segundo andar do edifício onde ocorreu o atentado foi trazida por um departamento de polícia local, sem que os Serviços Secretos tivessem sido informados desta decisão.

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Apesar de o relatório não apontar culpados diretos ou mencionar eventuais sanções aplicadas aos agentes envolvidos, fontes dos media norte-americanos afirmam que pelo menos cinco agentes dos Serviços Secretos foram transferidos para outras funções. A então diretora da agência, Kimberly Cheatle, demitiu-se dias após o incidente, assumindo a responsabilidade pelos lapsos de segurança.

Este relatório é parte de um conjunto mais alargado de investigações sobre o atentado, que inclui inquéritos do Congresso e uma auditoria conduzida pelo gabinete do inspetor-geral do Departamento de Segurança Interna. O diretor interino dos Serviços Secretos, Ronald Rowe Jr., sublinhou a importância de aprender com os erros cometidos a 13 de julho, assegurando que a agência fará tudo para que tais falhas não se repitam.

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