O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, garantiu que o governo britânico tomará todas as medidas necessárias para proteger as empresas do país dos impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos. Em um artigo de opinião publicado no jornal Sunday Telegraph, Starmer sublinhou que isso poderá incluir ações para salvar postos de trabalho e minimizar os efeitos negativos na economia britânica.
De acordo com Starmer, a imposição de tarifas pelos Estados Unidos pode prejudicar severamente a competitividade das empresas britânicas e, como resposta, o governo está a preparar um pacote de medidas emergenciais para apoiar o setor empresarial. O pacote será anunciado nos próximos dias e faz parte de um conjunto de iniciativas destinadas a aumentar a competitividade do Reino Unido, reduzindo a exposição a “choques globais” como este.
“Estamos prontos para utilizar a política industrial para ajudar a proteger as empresas britânicas da tempestade. Algumas pessoas ficarão incomodadas com isso, pois a intervenção do Estado no mercado tem sido frequentemente ridicularizada, mas não podemos continuar a seguir velhas opiniões quando o mundo está a mudar tão rapidamente”, afirmou o primeiro-ministro.
Além disso, Starmer reafirmou o compromisso do Reino Unido com o comércio livre e aberto, contrastando com o protecionismo defendido pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O primeiro-ministro britânico destacou que, com as tarifas em vigor, a prioridade imediata será manter a calma e procurar um acordo que beneficie as empresas do Reino Unido, afirmando que apenas aceitará um acordo que seja “adequado para as empresas britânicas”.
Este posicionamento de Starmer surge após a Jaguar Land Rover, uma das maiores fabricantes de automóveis do Reino Unido, anunciar que suspenderá todas as exportações para os Estados Unidos durante o mês de abril. A empresa britânica tomou esta decisão devido à aplicação de tarifas de 25% sobre os carros importados, o que obrigou a uma reavaliação da sua estratégia comercial.
Starmer concluiu o seu artigo dizendo que o Reino Unido continuará a reforçar alianças com outras economias globais, além de procurar reduzir as barreiras comerciais com outros países. Em um cenário de tensões comerciais crescentes, o primeiro-ministro britânico promete não deixar o Reino Unido vulnerável aos impactos das tarifas, garantindo a proteção das suas empresas e empregos.
