Na tarde desta segunda-feira, uma colisão entre um barco de pesca e um ferry que realizava a travessia entre o Barreiro e Lisboa deixou dois pescadores feridos com gravidade e outros dois desaparecidos. O acidente ocorreu por volta das 17h, em frente ao Cais da Margueira, em Cacilhas, e mobilizou uma grande operação de resgate
Os feridos foram socorridos pelo INEM e transportados para o Hospital Garcia de Orta. As buscas pelos pescadores desaparecidos estão sendo conduzidas por embarcações da Polícia Marítima, Bombeiros Sapadores e da Estação Salva-Vidas da Capitania do Porto de Lisboa, além de um helicóptero da Força Aérea Portuguesa.
De acordo com informações preliminares, o barco de pesca, que transportava quatro homens, virou após a colisão com o ferry de transporte de passageiros. Dois pescadores foram resgatados por outra embarcação que estava próxima e levados para o cais da Margueira. No entanto, outros dois ocupantes estão desaparecidos e são procurados por equipes de mergulhadores e resgate.
A empresa Transtejo, responsável pelo ferry, afirmou que o mestre do catamarã emitiu vários alertas sonoros para evitar o choque, mas estes não foram atendidos pelo barco de pesca. Em comunicado, a empresa informou que o mestre foi submetido a um teste de alcoolemia, cujo resultado foi negativo. O Conselho de Administração da Transtejo determinou a abertura de um inquérito interno para apurar as circunstâncias do acidente.
A operação de busca e resgate envolve múltiplas entidades. O comandante Paulo Vicente, da Polícia Marítima, destacou que a área do acidente é livre de obstáculos, o que dificulta a sobrevivência dos desaparecidos. Segundo ele, não é certo que os pescadores tivessem equipamentos de flutuação, o que poderia facilitar a localização.
Durante as buscas, materiais utilizados na pesca de amêijoas foram encontrados na área. A embarcação de pesca foi rebocada para o cais da Margueira, onde será submetida a perícias para esclarecer as causas do acidente. As buscas continuam.
Apesar do incidente, a circulação dos barcos da Transtejo/Soflusa não foi interrompida, e não houve transtornos aparentes para os utilizadores do transporte. A empresa reiterou o compromisso com a segurança dos passageiros e tripulação, enquanto as autoridades continuam a investigar o ocorrido.
A situação traz à tona preocupações sobre a segurança na navegação no rio Tejo e a necessidade de maior fiscalização para evitar acidentes semelhantes no futuro. Até o fechamento desta edição, as buscas pelos pescadores desaparecidos continuavam sem sucesso.