O Carnaval de Torres Vedras, que decorrerá de 28 de fevereiro a 5 de março, homenageará os 50 anos do 25 de Abril de 1974, celebrando a liberdade. A edição deste ano pretende ser mais inclusiva, com mais lugares de estacionamento para pessoas com mobilidade reduzida e tradução em língua gestual em tempo real em momentos chave do evento. O monumento alusivo ao Carnaval, já inaugurado, possui um código QR que direciona pessoas invisuais para um audioguia com a descrição do mesmo.
Com um orçamento de 1,1 milhões de euros, o Carnaval de Torres Vedras espera ultrapassar o meio milhão de visitantes, depois de uma edição de 2024 que ficou aquém das expectativas. O evento é conhecido pela sátira política e social, presente nos carros alegóricos e no monumento, que este ano evocam a liberdade conquistada pela Revolução dos Cravos.
O monumento deste ano, com 10 metros de altura, apresenta uma figura feminina a libertar uma pomba, e as figuras de Zeca Afonso e Salgueiro Maia. A sátira política é evidente, com referências aos líderes nacionais e internacionais, e figuras como Cristina Ferreira.
Uma delegação de mascarados, liderada pelos Reis do Carnaval e pela presidente da câmara de Torres Vedras, irá a Lisboa promover o evento. Os habituais desfiles de milhares de mascarados e carros alegóricos, a diversão noturna e o tradicional enterro do entrudo no último dia são os pontos altos do programa.
Espera-se que o Carnaval gere receitas de, pelo menos, 12 milhões de euros na economia local. Em 2023, o Carnaval de Torres Vedras foi inscrito no Património Cultural Imaterial Nacional, e o município está a preparar a candidatura a património imaterial da UNESCO.
