A tarde de domingo, 17 de agosto de 2025, ficou marcada por um episódio trágico no combate ao incêndio que lavra com intensidade na região da Covilhã. Um veículo dos Bombeiros, que se deslocava com urgência para apoiar as operações de supressão do fogo, despistou-se na localidade de São Francisco de Assis, freguesia da Erada, acabando por cair por uma ribanceira
O acidente ocorreu cerca das 19h00, no contexto de uma missão de resposta organizada pelas autoridades, com a viatura a integrar a linha da frente no combate ao incêndio. Do despiste resultaram duas vítimas mortais e três feridos graves, todos operacionais ao serviço da proteção civil. A informação foi confirmada pela agência Lusa e corroborada por várias fontes no terreno, incluindo SIC Notícias.
O incêndio em questão já obrigara ao corte da Estrada Nacional 230 e ao confinamento da anexa de Trigas, perante a progressão violenta da frente de fogo, conforme alertado publicamente pela Câmara Municipal da Covilhã durante a tarde. A situação de risco extremo justificou a mobilização de numerosos meios terrestres e aéreos, tendo o veículo acidentado sido destacado para essa mesma operação.
Após o despiste, equipas de emergência da Proteção Civil, INEM e GNR acorreram ao local. Os três feridos foram estabilizados e transportados para unidades hospitalares em estado considerado grave.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) destacou a coragem e dedicação dos bombeiros envolvidos, expressando pesar pelas vidas perdidas e transmitindo condolências às famílias enlutadas. Foi também manifestado o desejo de rápida recuperação para os operacionais feridos.
As circunstâncias do acidente serão agora alvo de inquérito por parte das autoridades competentes, com o objetivo de apurar responsabilidades e eventuais falhas estruturais.
Este trágico incidente vem reforçar o clima de pressão e risco a que os bombeiros portugueses continuam expostos, muitas vezes em condições extremas e em cenários de elevada complexidade operacional.