O troço Soure-Carregado, parte da futura linha de alta velocidade entre Lisboa e Porto, terá um custo estimado de dois mil milhões de euros, segundo o estudo de impacto ambiental recentemente divulgado. Este investimento é parte do projeto que visa reduzir os tempos de viagem e melhorar a conectividade entre várias cidades de Portugal.
A linha de alta velocidade, projetada para uma velocidade máxima de 300 quilómetros por hora, será exclusiva para o tráfego de passageiros e contará com uma estação em Leiria, cuja viagem até Lisboa será realizada em apenas 36 minutos. Este projeto pretende transformar a viagem entre Leiria e Lisboa, atualmente mais demorada, oferecendo um tempo de deslocamento reduzido a cerca de 36 minutos, um avanço significativo em relação aos tempos actuais.
O estudo de impacto ambiental detalha a fase 2 do projeto, que abrange o troço entre Soure e Carregado. Este segmento é parte de uma rede maior que interligará as cidades de Porto, Gaia, Aveiro, Coimbra, Leiria e Lisboa. De acordo com o estudo, a construção do troço está prevista para ser concluída em quatro anos.
O troço Soure-Carregado terá duas alternativas de traçado, com soluções A e B, cujos comprimentos variam entre 116 e 117 quilómetros. Este segmento será dividido em quatro trechos – Carregado–Rio Maior, Rio Maior–Juncal, Juncal–Bidoeira e Bidoeira–Pombal – com a possibilidade de uma variante adicional no trecho Juncal–Bidoeira, que passa por Regueira de Pontes, uma área mais ao norte, para evitar a passagem por zonas densamente urbanizadas da freguesia.
A futura estação de Leiria será um ponto de interligação crucial, não só para a linha de alta velocidade, mas também para a Linha do Oeste, que será desviada para se ligar à nova estação. Esta alteração implicará a desativação do atual traçado da Linha do Oeste entre a Marinha Grande e Regueira de Pontes, assegurando uma articulação eficiente entre os diferentes serviços ferroviários.
O estudo também revela que o projeto atravessará uma vasta área de concelhos, incluindo Rio Maior, Azambuja, Alenquer, Cadaval, Caldas da Rainha, Alcobaça, Porto de Mós, Leiria, Marinha Grande e Pombal.
A consulta pública sobre o projeto está em curso na plataforma participa.pt e terminará a 21 de março. Até ao momento, já foram recebidas 50 participações, refletindo o interesse público nas questões ambientais e de desenvolvimento associadas ao projeto.