Apesar de um suposto prazo de duas semanas anunciado por Donald Trump, fontes israelitas asseguram que o ex-Presidente norte-americano já decidiu avançar com uma ofensiva militar contra o Irão. Bombardeiros B-2 dos Estados Unidos deslocam-se para Guam, numa manobra de preparação estratégica

Fontes séniores israelitas citadas pela CNN afirmam que o anúncio de Donald Trump sobre um prazo de duas semanas para responder ao Irão é uma “manobra de diversão”. Segundo as mesmas fontes, sob anonimato, Trump terá já tomado a decisão de envolver militarmente os Estados Unidos num ataque ao território iraniano.
Paralelamente, a Reuters confirmou, através de altos responsáveis do Departamento de Defesa norte-americano, que uma esquadrilha de bombardeiros B-2 Spirit está em deslocação para o Pacífico, com destino final incerto. A base aérea de Guam surge como o provável ponto de chegada, o que, segundo analistas militares, permitiria lançar ataques de longo alcance sobre o Irão sem necessidade de escalas intermédias.
Até ao momento, a Força Aérea dos EUA não confirmou oficialmente o número de aeronaves envolvidas, mas fontes militares apontam para entre quatro a seis bombardeiros. As aeronaves foram abastecidas logo após entrarem na zona do Pacífico e, de acordo com imagens analisadas por especialistas, estão equipadas com armamento pesado.
A evolução da rota destes bombardeiros será decisiva: uma aterragem em Guam poderá indicar uma ofensiva iminente, ao passo que uma paragem em bases como a de Diego Garcia (território britânico no oceano Índico) sugeriria um reposicionamento táctico mais convencional.
Tensão regional aumenta
O movimento das forças norte-americanas está a ter repercussões imediatas na região. O grupo Ansarullah (também conhecido como movimento Houthi), no Iémen, declarou que retomará os ataques no mar Vermelho caso os Estados Unidos avancem militarmente contra o Irão. Esta ameaça levanta receios quanto à segurança marítima e ao tráfego petrolífero na zona, já pressionada por meses de instabilidade.
Por seu lado, o governo do Kuwait iniciou a evacuação dos seus cidadãos em território iraniano, antecipando possíveis hostilidades. A medida foi divulgada por meios de comunicação locais e confirmada por fontes diplomáticas regionais.
Movimentos internos no Irão
Internamente, o regime iraniano enfrenta também pressões crescentes. Grupos monárquicos, aliados a sectores nacionalistas e patrióticos, apelam à criação de uma frente unificada sob a liderança simbólica do príncipe herdeiro Reza Pahlavi. Em comunicações divulgadas online, o príncipe exorta o exército regular iraniano a revoltar-se contra o actual regime e convoca a população a sair à rua em protesto.
O apelo surge num momento de crescente descontentamento interno, alimentado por dificuldades económicas severas, repressão política e instabilidade regional.
A escalada no Médio Oriente continua a intensificar-se com cada dia que passa. A movimentação militar dos Estados Unidos e os sinais contraditórios emitidos por Trump criam um clima de incerteza, tanto entre os aliados ocidentais como entre os países da região. A comunidade internacional aguarda agora pela confirmação dos movimentos dos bombardeiros norte-americanos e por eventuais declarações oficiais da Casa Branca ou do Pentágono.
Até lá, cresce o receio de que uma nova frente de conflito possa estar prestes a abrir-se, com repercussões imprevisíveis para a estabilidade global.