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Venda de sede leva P.J. à Federação Portuguesa de Futebol

A Polícia Judiciária realizou buscas na Federação Portuguesa de Futebol. Luís Neves, diretor nacional da PJ, diz estarem em causa “suspeitas dos crimes de corrupção, recebimento indevido de vantagem e fraude fiscal”, mas negou o envolvimento de Fernando Gomes ou Tiago Craveiro. No centro da operação está a venda do imóvel que a FPF detinha na Rua Alexandre Herculano, em Lisboa, por mais de 11 milhões de euros

A Polícia Judiciária fez buscas na Federação Portuguesa de Futebol, esta terça-feira. Em causa estão suspeitas de corrupção, recebimento indevido de vantagem, participação económica em negócio e fraude fiscal qualificada durante o mandato de Fernando Gomes e Tiago Craveiro. As buscas têm como objetivo a recolha de documentação e já foram constituídos dois arguidos.

De acordo com a RTP, o Ministério Público deu autorização para a apreensão de computadores, telemóveis e outros suportes informáticos relevantes face à gravidade dos crimes em investigação, num processo com o nome de código “Mais valia”.

Segundo o diretor nacional da PJ, Luís Neves, as buscas estão relacionadas “com a venda da antiga sede da Federação Portuguesa de Futebol”. Há suspeitas de corrupção, recebimento indevido de vantagem, participação económica em negócio e fraude fiscal, tendo a investigação começado em 2021 com suspeitas de negócios imobiliários relacionados com a venda da antiga sede da Federação Portuguesa de Futebol, na Avenida Alexandre Herculano, em Lisboa.

O edifício da sede da Federação Portuguesa de Futebol foi vendido em 2018, altura em que Fernando Gomes era presidente da FPF, por mais de 11 milhões de euros. Entre os suspeitos está o empresário António Gameiro, mas também Paulo Lourenço, ex-secretário geral da Federação, que já foi constituído arguido neste processo.

Ainda se falou no nome do ex-presidente da FPF, Fernando Gomes, mas o diretor nacional da PJ, Luís Neves, afirmou, em declarações aos jornalistas, que o ex-presidente não faz parte dos investigados, bem como Tiago Craveiro, diretor-geral da Federação Portuguesa de Futebol.

Durante esta terça-feira foram também cumpridos 20 mandados de busca em casas, uma instituição bancária e sociedades de advogados localizados nos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém.

As diligências foram executadas por 65 inspetores e 15 especialistas de polícia científica da PJ, contando ainda com a participação de cinco juízes de instrução criminal, seis magistrados do Ministério Público e quatro representantes da Ordem dos Advogados.

A investigação está a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa e vai continuar “com a análise à prova agora recolhida e com os competentes exames e perícias”.

Federação de Futebol surpreendida com buscas

Entretanto a Federação Portuguesa de Futebol emitiu um comunicado em que refere a surpresa destas buscas por parte do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

Neste comunicado pode ler-se que “a Direção da Federação Portuguesa de Futebol foi surpreendida com a realização de buscas na sua sede por parte de elementos da Polícia Judiciária, no âmbito de um processo que envolve a investigação de negócios relativos a anteriores mandatos, nomeadamente aos anos entre 2016 e 2020, “por factualidade suscetível de integrar crimes de corrupção ativa, recebimento indevido de vantagem, corrupção passiva, participação económica em negócio e fraude fiscal qualificada”, segundo o mandado de busca e apreensão.

A Federação Portuguesa de Futebol diz-se “totalmente inflexível na defesa dos interesses da instituição e intensificará as medidas de auditoria entretanto iniciadas pela consultora internacional PWC, no passado dia 17 de março, e constituir-se-á assistente em todo e qualquer processos que lesem os interesses patrimoniais e/ou reputacionais da FPF.”

A FPF informa ainda neste comunicado que “irá até às últimas consequências face a qualquer prática ilícita ou criminal que venha a ser apurada e agirá de forma absolutamente intransigente relativamente a todas e quaisquer pessoas que tenham lesado os seus interesses”, conclui.

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