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Confronto na Casa Branca: Trump e Zelensky Têm Troca Acesa de Palavras

Na última sexta-feira (28/2), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou publicamente o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, de “jogar com a Terceira Guerra Mundial” durante uma reunião tensa no Salão Oval da Casa Branca. O encontro, que contou com a presença do vice-presidente americano JD Vance, culminou em um acalorado confronto que levou Zelensky a deixar Washington sem assinar o aguardado acordo sobre a exploração dos recursos minerais ucranianos, que poderia fornecer à Ucrânia garantias de segurança contra novas investidas russas

Trump expressou frustração com o que considera falta de gratidão por parte de Zelensky, mencionando o alto volume de recursos financeiros e militares que os Estados Unidos já enviaram para a Ucrânia desde o início da guerra com a Rússia, em fevereiro de 2022. “Demos muito a vocês, e vocês continuam pedindo mais. Isso não é parceria, é dependência”, teria dito Trump, segundo fontes presentes na reunião. JD Vance, por sua vez, chamou a postura de Zelensky de “desrespeitosa”, intensificando a tensão no ambiente.

Zelensky, porém, manteve-se firme, explicando que a Ucrânia não está apenas la lutar pela sua sobrevivência, mas também a defender  os valores democráticos que sustentam o Ocidente. “Não se trata de pedir mais. Trata-se de sobreviver, de proteger nosso povo e de garantir que a agressão não se espalhe”, afirmou o presidente ucraniano. A reunião, que deveria resultar na assinatura de um acordo estratégico, terminou sem resolução após a troca acalorada de palavras.

O chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, aumentou a pressão sobre Zelensky ao exigir que ele pedisse desculpas pela maneira como a reunião terminou. Rubio afirmou que o presidente ucraniano estava “desperdiçando tempo” e questionou se ele realmente estava disposto a buscar a paz. “Talvez ele não queira um acordo de paz. Diz que quer um, mas talvez não queira”, disse Rubio à CNN. A declaração foi recebida com indignação por aliados europeus de Kiev.

Líderes europeus rapidamente expressaram solidariedade a Zelensky

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, publicou uma mensagem em ucraniano afirmando: “A sua dignidade honra o povo ucraniano. Seja forte, seja corajoso, seja destemido. Nunca estará sozinho, querido Presidente Zelensky”. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, ligou para Zelensky prometendo apoio inabalável, enquanto o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, declarou publicamente que “a Ucrânia pode sempre contar com Portugal”.

O episódio revela as crescentes fraturas nas relações entre Washington e Kiev, mas também ressalta a resiliência do governo ucraniano em buscar apoio internacional. Zelensky, em resposta ao confronto, fez questão de reforçar a importância da solidariedade global: “É importante que as pessoas na Ucrânia saibam que não estão sós, que os seus interesses estão defendidos em todos os cantos do mundo”.

Embora a viagem tenha terminado sem um acordo, analistas internacionais acreditam que o apoio europeu pode pressionar Washington a rever sua abordagem. Ao mesmo tempo, Trump, que busca a reeleição, pode usar o episódio para reforçar sua retórica isolacionista e questionar o envolvimento contínuo dos EUA em conflitos externos.

Nos próximos meses, será decisivo observar como esses desdobramentos influenciarão a guerra na Ucrânia e as dinâmicas de poder global e as eleições presidenciais americanas. A relação entre Trump e Zelensky pode ter estremecido, mas o futuro dessa parceria ainda está longe de ser decidido.

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