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PS acusa Governo de desaparecimento face ao colapso das urgências durante a Páscoa

A dirigente socialista Mariana Vieira da Silva lançou esta quarta-feira duras críticas ao Governo da Aliança Democrática (AD), acusando o executivo de estar “desaparecido” perante o encerramento de urgências hospitalares em plena época pascal, classificando o setor da saúde como o reflexo das “promessas não cumpridas” do atual Governo

Em declarações aos jornalistas na sede nacional do Partido Socialista, em Lisboa, Vieira da Silva afirmou que os portugueses enfrentam uma situação de incerteza sem precedentes quanto ao acesso aos serviços de urgência. Durante o fim de semana da Páscoa, oito urgências encerraram no sábado e dez no domingo, cenário que, segundo a socialista, agrava ainda mais a situação vivida no ano anterior.

“Criaram expectativas durante a campanha, prometeram soluções rápidas, mas os resultados não aparecem. A situação do SNS deteriorou-se e, nesta altura crítica, nem o primeiro-ministro, nem a ministra da Saúde prestam esclarecimentos ou assumem responsabilidades”, criticou.

Mariana Vieira da Silva, cabeça de lista do PS pelo círculo eleitoral de Lisboa, recordou que o Governo da AD interrompeu reformas em curso e afastou dirigentes do Ministério da Saúde e administrações hospitalares, substituindo essas estratégias por um plano que prometia resultados em 60 dias, mas que, até agora, não se concretizou.

A dirigente socialista sublinhou ainda que o atual executivo prometera médicos de família para todos os portugueses, o fim das listas de espera e a resolução dos problemas das urgências, mas que, em vez disso, todos esses indicadores registaram um agravamento.

“É nos momentos difíceis que se exige presença e liderança. O silêncio do Governo perante o colapso de serviços essenciais é inaceitável. O PSD tem esta prática recorrente: desaparece sempre que surgem os problemas”, denunciou.

Questionada sobre a eventual nomeação da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, para o cargo nas próximas eleições, Mariana Vieira da Silva remeteu a decisão para os líderes partidários, mas não deixou de assinalar que “nada justifica o silêncio do Governo nesta crise. Os portugueses merecem respostas e presença, não o vazio político a que estão a assistir.”

Sobre as soluções propostas pelo PS, a dirigente destacou que o partido não apresenta promessas irrealistas de resolução em prazos curtos, apostando antes em medidas concretas para aumentar a atratividade da carreira médica, como horários mais flexíveis e incentivos à deslocação de profissionais para zonas carenciadas — precisamente onde os serviços de urgência se encontram encerrados.

Vieira da Silva defendeu ainda uma abordagem integrada à gestão das urgências hospitalares, através de um trabalho em rede e de uma maior proximidade entre o Governo, a direção executiva do SNS e as administrações hospitalares.

“O país precisa de liderança com responsabilidade e não de promessas vãs. O PS apresenta propostas sólidas para enfrentar os desafios do setor, enquanto o Governo da AD se limita ao silêncio e à ausência”, concluiu.

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