As recentes notícias sobre o apoio do PSD à candidatura do grupo de cidadãos independentes Movimento Para Todos, à Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, está a dividir os militantes do partido naquele concelho raiano.
Segundo o comunicado enviado à imprensa e divulgado nas redes sociais do Movimento Para Todos, terá lugar, no próximo sábado, dia 28 de julho, pelas 18:00 h, na Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova, a apresentação dos candidatos independentes aos órgãos autárquicos de Idanha-a-Nova. Presença marcada na apresentação tem também o presidente da distrital do PSD de Castelo Branco, Manuel Frexes, em apoio à candidatura do Movimento Para Todos.
Porém, tal apoio não está a merecer o aplauso unânime dos militantes do PSD em Idanha-a-Nova, havendo aqueles que se queixam de não terem sido ouvidos em assembleia neste processo.
«Esta é uma decisão do presidente da distrital, e não das bases do PSD no concelho», adiantou a O Regiões um militante com responsabilidades na estrutura local. «Não me revejo minimamente no apoio que se pretende anunciar ao movimento dos independentes», conclui a mesma fonte.
Por sua vez, outro militante foi ainda mais longe, ao afirmar que esta seria «a oportunidade para o PSD poder retomar o poder em Idanha, e foi completamente desperdiçada», conclui.
E este terá sido o pomo de discórdia junto das bases do PSD em Idanha, que ambicionavam uma candidatura autónoma do partido, para repetir o feito alcançado em 1997, com a vitória do médico Francisco Baptista, que levou o PSD à cadeira do poder.
E terá sido essa a razão que terá levado alguns militantes do PSD a alinharem com outras candidaturas já anunciadas em Idanha-a-Nova, designadamente a do Movimento Chega, liderada pelo advogado e ex-funcionário da autarquia Idanhense Pedro Rego.
Conforme O Regiões conseguiu apurar, junto de fonte ligada à candidatura Mudar a Idanha, do partido Chega, diversos militantes já manifestaram a sua intenção de integrar as listas aos diversos órgãos autárquicos existentes neste município, seja à Câmara Municipal, seja à Assembleia Municipal, seja ainda às assembleias de freguesia.
«Não existindo uma lista apresentada pelo PSD neste município, cada militante é livre de apoiar ou integrar a candidatura que entender, sem receio de ofender
qualquer norma ou disciplina interna do Partido, e naturalmente revejo-me mais numa candidatura posicionada à direita, como a do Chega, do que numa candidatura como a do Movimento Para Todos, fundada e constituída, na sua maioria, por elementos militantes e simpatizantes do PS», confidenciou a O Regiões militante com inscrição activa na concelhia de Idanha-a-Nova do PSD.