O almirante Henrique Gouveia e Melo lidera as intenções de voto para as eleições presidenciais, segundo o mais recente barómetro da Intercampus, realizado para o Correio da Manhã e Negócios. Com 23,2% das preferências, Gouveia e Melo destaca-se na primeira volta, muito à frente do segundo colocado, Pedro Passos Coelho, que reúne 13,9%
Os dados mostram que outros nomes bem conhecidos do cenário político aparecem com percentuais mais baixos: Marques Mendes (9,8%), André Ventura (6,6%), Mário Centeno (6,4%), Ana Gomes (5,1%) e António José Seguro (4,7%). Já figuras como Catarina Martins (4%), João Cotrim de Figueiredo (3,2%), Durão Barroso (3,2%) e Rui Tavares (2,4%) completam a lista. Santana Lopes e Paulo Raimundo ficam ainda mais distantes, com 1,3% e 0,9%, respetivamente.
Um dado relevante é o número de indecisos, que soma 15,3%, indicando que há ainda espaço para mudanças no cenário eleitoral.
Vantagem de Gouveia e Melo na Segunda Volta
O barómetro também projetou cenários de uma eventual segunda volta, nos quais Gouveia e Melo sairia vencedor em todas as combinações apresentadas, incluindo disputas com Passos Coelho, Marques Mendes, Santana Lopes e Durão Barroso.
Reações Políticas
A possível candidatura do almirante gerou reações no meio político. O líder da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, destacou que, caso Gouveia e Melo se candidate, Portugal perderia “um bom militar”. Durante uma declaração à imprensa, Rocha reconheceu o favoritismo do almirante nas sondagens, mas evitou confirmar se a IL apresentará um candidato próprio, considerando a discussão prematura.
“Ainda não há propriamente candidatos apresentados, há possibilidades de candidatos”, afirmou. Rocha também defendeu que as eleições presidenciais são uma oportunidade para apresentar “uma visão liberal para o país”, focada em crescimento económico e na redução da influência do Estado.
Cenário em Evolução
Com uma base sólida de apoio e uma liderança consistente nas sondagens, Gouveia e Melo desponta como o principal nome para suceder o atual Presidente da República. No entanto, o alto número de indecisos e o surgimento de potenciais novos candidatos podem alterar a dinâmica do pleito, tornando as próximas semanas decisivas para a definição do cenário eleitoral.