Segunda-feira,Março 31, 2025
21.6 C
Castelo Branco

- Publicidade -

China condena inclusão de empresas chinesas na lista negra da União Europeia por apoio à Rússia

Pequim critica a decisão do Conselho Europeu e reitera que nunca forneceu armas à Rússia, destacando o compromisso com a paz e a estabilidade internacional.

A China manifestou, esta terça-feira, a sua veemente oposição à inclusão de várias entidades chinesas na lista negra da União Europeia, acusadas de apoiar o complexo militar-industrial da Rússia no contexto da guerra de agressão contra a Ucrânia. Esta decisão foi anunciada pelo Conselho Europeu como parte de um esforço para intensificar as sanções contra Moscovo, tendo como alvo empresas e entidades que alegadamente contribuem para os esforços bélicos russos.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, sublinhou em conferência de imprensa que a cooperação entre a China e a Rússia é baseada em princípios de igualdade e benefício mútuo, defendendo que essa relação não deve ser afetada por interferências externas. Lin apelou ao fim das acusações infundadas contra Pequim, reiterando que o governo chinês nunca forneceu armamento à Rússia. Destacou, ainda, o compromisso da China em manter um “controlo rigoroso” sobre os artigos de uso civil e militar de dupla utilização, como os veículos aéreos não tripulados (drones).

O porta-voz reiterou que a China tomará medidas contra qualquer país que imponha sanções unilaterais às suas empresas, numa clara defesa dos direitos das suas entidades. Nos últimos dias, outros governos, como o Reino Unido e o Canadá, também impuseram sanções a fornecedores russos em países terceiros, incluindo a China, a Índia e a Turquia. Em resposta, Pequim anunciou que protegerá as suas empresas contra estas medidas.

Lin Jian sublinhou ainda que a China está comprometida com o desenvolvimento pacífico, com a promoção da paz e com a estabilidade global, afastando qualquer tentativa de ligação do país à campanha militar da Rússia. Para Pequim, a guerra na Ucrânia deve ser resolvida através de uma solução política e não de sanções.

Além disso, a conversa telefónica entre os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, realizada na segunda-feira, foi referida por Lin como uma demonstração clara da robustez das relações bilaterais. Durante esta conversa, Xi reiterou que a parceria entre os dois países “não é dirigida contra terceiros” e afirmou que as relações continuarão a prosperar, contribuindo para o desenvolvimento de ambas as nações e promovendo a estabilidade nas relações internacionais.

Este posicionamento da China reflete a sua oposição ao isolamento da Rússia e a sua intenção de desempenhar um papel ativo na mediação de uma resolução pacífica para o conflito na Ucrânia, desafiando as sanções unilaterais impostas pelos países ocidentais.

- Publicidade -

Não perca esta e outras novidades! Subscreva a nossa newsletter e receba as notícias mais importantes da semana, nacionais e internacionais, diretamente no seu email. Fique sempre informado!

Partilhe nas redes sociais:

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques

- Publicidade -

Artigos do autor

Não está autorizado a replicar o conteúdo deste site.