Um Boeing 737 tentou aterrar na Coreia do Sul sem trem de aterragem e em excesso de velocidade
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Na madrugada de hoje, um trágico acidente aéreo abalou a Coreia do Sul. Um avião da Jeju Air despenhou-se no Aeroporto Internacional de Muan, causando a morte de 179 pessoas. Entre os 181 ocupantes da aeronave, apenas dois sobreviveram: ambos assistentes de bordo, que agora enfrentam um longo caminho de recuperação física e emocional.
A aeronave, um Boeing 737-800, realizava o voo 7C2216, proveniente de Banguecoque, Tailândia. Este modelo, em operação pela Jeju Air desde 2017, tinha como destino o aeroporto de Muan. Momentos antes do impacto, o piloto emitiu um pedido de socorro, mas não conseguiu evitar o desastre.
As primeiras investigações apontam para uma falha no trem de aterragem, possivelmente causada por uma colisão com aves durante a aproximação. Na tentativa de pouso de emergência, o avião aterrou de barriga, derrapou pela pista e embateu num muro de betão, o que provocou uma explosão seguida de incêndio. As equipas de emergência, apesar do esforço hercúleo, levaram cerca de 40 minutos a controlar as chamas.
Este acidente marca o primeiro episódio fatal na história da Jeju Air, uma companhia aérea de baixo custo fundada em 2005. Além disso, tornou-se o desastre aéreo mais mortal já registado em solo sul-coreano.
O presidente interino da Coreia do Sul, Choi Sang-mok, declarou um período de luto nacional de sete dias e visitou o local da tragédia, oferecendo palavras de consolo às famílias das vítimas. A Jeju Air, por sua vez, emitiu um pedido de desculpas formal e prometeu apoiar os afectados, bem como colaborar nas investigações.
As autoridades já recuperaram a caixa negra do avião, na esperança de esclarecer as causas exactas deste desastre. Enquanto o país chora as suas perdas, este triste evento sublinha a importância de uma fiscalização rigorosa e medidas preventivas para garantir a segurança da aviação.