Domingo,Maio 18, 2025
18.5 C
Castelo Branco

- Publicidade -

Investigadores portugueses estão a criar um penso cardíaco inteligente

Um grupo de investigadores das Universidades do Porto e de Coimbra criou um penso cardíaco inteligente que melhora a função eléctrica do coração e apoia a sua recuperação após enfarte do miocárdio. O dispositivo, feito de um biomaterial piezoelétrico, aproveita os próprios batimentos cardíacos para gerar impulsos eléctricos benéficos. A investigação, publicada na revista Materials Today Bio, foi conduzida pelo Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S) e pelo Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC)

Investigadores portugueses estão a criar um penso cardíaco inteligente
Foto: Aakash Dhage – Unsplash

Cientistas portugueses estão a desenvolver um penso inteligente para recuperar coração após enfarte. A tecnologia criada por cientistas de Coimbra e do Porto já foi testada em ratinhos e pode melhorar a função eléctrica do coração e impedir arritmias — um risco para quem teve enfarte do miocárdio.

O penso cardíaco ajuda na recuperação do enfarte agudo do miocárdio. É um dispositivo inteligente de nanoparticulas, que usa os batimentos do coração para melhorar a função elétrica e que, no futuro, pode mesmo regenerar os tecidos comprometidos.

Publicado na revista científica Materials Today Bio, o método terapêutico foi desenvolvido por investigadores do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S) e do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC).

O penso, composto por um biomaterial designado piezoelétrico, usa os batimentos cardíacos para melhorar a função elétrica e ajudar na recuperação após o enfarte do miocárdio, afirma o i3S em comunicado.

Citado no comunicado, o investigador Lino Ferreira, que lidera a equipa do CNC, esclarece que, depois de os testes in vitro com estes adesivos se terem revelado “muito promissores”, os investigadores decidiram avaliar a sua “eficácia e segurança” em modelos animais no contexto do enfarte do miocárdio.

De acordo com a investigadora Diana Nascimento, do i3S, este penso “é único porque, quando colocado na superfície do coração, tira partido dos batimentos cardíacos para gerar novos impulsos elétricos”.

“Investigámos o seu potencial para melhorar a resposta do coração ao enfarte do miocárdio, uma das principais causas de morte em todo o mundo”, acrescenta a investigadora.

Já o primeiro autor do artigo, Luís Monteiro, avança que os testes em ratinhos “mostraram que os biomateriais piezoelétricos melhoram a condução elétrica do coração e ajudam na sua recuperação após enfarte”. “Além disso, em testes com corações de porco, a aplicação deste dispositivo não interferiu com a função normal do coração, atestando a sua segurança”, acrescenta.

Esta estratégica terapêutica poderá vir a “minimizar a ocorrência de arritmias, uma das principais complicações, que podem ser fatais, do enfarte do miocárdio”, salienta Lino Ferreira.

Os investigadores estão agora a explorar outras funcionalidades deste biomaterial no âmbito de um projeto europeu em que participam, o REBORN, para combinar os efeitos benéficos do biomaterial com o potencial de libertação controlada de fármacos para promover a regeneração do tecido cardíaco.

- Publicidade -

Não perca esta e outras novidades! Subscreva a nossa newsletter e receba as notícias mais importantes da semana, nacionais e internacionais, diretamente no seu email. Fique sempre informado!

Partilhe nas redes sociais:

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques

- Publicidade -

Artigos do autor

Não está autorizado a replicar o conteúdo deste site.