Sites nacionais e internacionais reconhecem a Beira Baixa e o Alto Alentejo como regiões com forte identidade rural, património histórico e natureza intacta, ideais para férias em Portugal, com destaque para vários destinos de excelência.
Na Beira Baixa, sobressaem destinos com forte identidade cultural e histórica. Monsanto, em Idanha-a-Nova, foi eleita a “aldeia mais portuguesa”, encaixada entre rochedos e casas tradicionais. Em Castelo Branco, sobressai o castelo e os famosos tapetes da Sé, ali com um jardim episcopal de grande interesse. Belmonte destaca-se como berço de Pedro Álvares Cabral, com museu judaico e museu do azeite. A sua história ligada à comunidade judaica confere-lhe grande peso turístico. A região estende-se até Vila Velha de Ródão, junto à Fronteira Castreja, com praias fluviais e o imponente castelo no topo da falésia.
Na Beira Baixa, os trilhos da Serra da Malcata, as Termas de Monfortinho e as praias fluviais do Tejo atraem amantes da natureza e do turismo de bem-estar.
As duas sub-regiões oferecem uma experiência rural autêntica, longe do turismo convencional. A cobertura internacional destaca a reconversão de herdades em alojamento charmoso — exemplo de São Lourenço do Barrocal —, onde se praticam actividades como provas de vinho, apicultura e passeios a cavalo, realçando o Alentejo como destino de slow tourism.
Quem procura férias com autenticidade histórica e natural deve explorar a Beira Baixa — Monsanto, Belmonte e Castelo Branco.
Já o Alto Alentejo destaca-se por cidades medievais aninhadas na Serra de São Mamede: Castelo de Vide encanta com o seu castelo, judiaria secular e ruínas megalíticas, sendo considerado uma jóia da região. Marvão, na crista da serra, oferece panoramas amplos sobre o planalto e ruas que parecem congeladas no tempo. Portalegre, capital da sub-região, exibe um rico legado de palácios, museus e o seu castelo, herança do passado têxtil. Em zona mais baixa, Nisa atrai com queijo DOP e cerâmica tradicional, envolvida por muralhas históricas.
No Alto Alentejo, estes destinos aliam-se à natureza. O Parque Natural de São Mamede acolhe oito percursos pedestres sinalizados, abriga águias, veados e javalis, e conserva construções megalíticas com mais de milénios.
A nível internacional, o Alto Alentejo foi elogiado por revistas de viagem como “um tesouro medieval com castelos e aldeias históricas”, confirmando o seu estatuto turístico.
Mais a sul, no Baixo Alentejo, surgem paisagens mais amplas, com planícies onduladas e povoações com raízes profundas. Beja, cidade-mãe da região, combina o seu casario branco com torres medievais e vestígios romanos. A Torre de Menagem do castelo, com os seus 40 metros de altura, oferece vistas únicas sobre a planície. O Museu Rainha Dona Leonor, instalado no antigo Convento da Conceição, expõe peças romanas, arte sacra e cerâmica islâmica.
Mértola, sobre o rio Guadiana, é um verdadeiro museu a céu aberto, com legado islâmico visível na igreja matriz (antiga mesquita), muralhas almóadas e festival bienal dedicado à cultura árabe. Os núcleos do Museu de Mértola apresentam artefactos arqueológicos que testemunham mais de dois mil anos de ocupação contínua.
Serpa, cercada de muralhas e torres, é conhecida pelos seus queijos premiados, mas também pelo aqueduto seiscentista e pelo castelo, onde o museu arqueológico local apresenta artefactos do Paleolítico ao período medieval. A gastronomia e o cante alentejano, Património da Humanidade, têm em Serpa um palco vivo.
Moura e Barrancos completam o quadro com os seus solares caiados, oliveiras centenárias e tradições únicas como a tourada à vara larga ou a celebração de rituais ancestrais ligados à pastorícia.
Para os que procuram natureza e aventura, o Parque Natural do Vale do Guadiana oferece trilhos junto a rios e cascatas, como a imponente Pulo do Lobo, além de observação de aves e safaris fotográficos.
Espera-se que a aposta em turismo rural de qualidade e valorização do património leve ao reforço da oferta de alojamento e de programas patrimoniais, mantendo o compromisso com a preservação e autenticidade.
