O número de casais em que ambos os cônjuges estão desempregados registou um aumento significativo de 5% em dezembro de 2024, face ao mesmo mês do ano anterior, alcançando 5.213 casais. Este é o valor mais alto desde janeiro de 2024 e marca o primeiro aumento após abril do mesmo ano, quando o número de casais nesta situação ultrapassou a barreira dos cinco mil. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Em comparação com novembro de 2024, o número de casais com ambos os elementos desempregados aumentou 4,9%, o que reflete a persistência de uma situação de dificuldade laboral para muitos agregados familiares. No total, 10.426 desempregados casados ou em união de facto estão registados nos serviços de emprego, representando 8,1% do total de desempregados, com o cônjuge também a figurar no mesmo registo de desemprego.
Este aumento no número de casais desempregados tem implicações diretas nas prestações de subsídio de desemprego. Casais nesta situação, quando têm dependentes a cargo, têm direito a uma majoração de 10% no valor do subsídio de desemprego, um apoio importante para enfrentar a perda de rendimento familiar.
De acordo com o relatório do IEFP, o número total de desempregados registados nos serviços de emprego do Continente em dezembro de 2024 foi de 324.162, um aumento de 6,2% face ao mesmo mês do ano anterior, e de 4,2% em relação a novembro de 2024. Este crescimento no número de desempregados reflete uma tendência de agravamento do mercado de trabalho no final de 2024, período marcado por dificuldades para muitos cidadãos e famílias portuguesas.
A majoração no valor do subsídio de desemprego para os casais com ambos os cônjuges desempregados continua a ser uma das medidas de apoio social em vigor, visando minimizar o impacto económico e social da situação de desemprego prolongado.