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Privatização da TAP só avança com garantias estratégicas para Portugal

A privatização da TAP só será concretizada caso sejam asseguradas garantias consideradas estratégicas para Portugal, afirmou o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz. Em entrevista ao Jornal de Notícias e à TSF, o governante sublinhou que a nacionalidade do investidor não é um critério determinante, mas sim a capacidade de capitalização da companhia e a expansão da sua frota

“Se não forem garantidas as questões estratégicas para o país, não há privatização e a TAP fica como está”, assegurou o ministro. O futuro da TAP passa pela manutenção do hub e da sede em Lisboa, além da preservação das rotas estratégicas para a América do Norte e o Brasil.

Interesse internacional e investidores portugueses

Até ao momento, cerca de uma dúzia de investidores demonstraram interesse na aquisição da TAP, incluindo gigantes do setor como a Air France/KLM, Lufthansa e IAG/British Airways, que já estão em diálogo com o governo. Para Pinto Luz, isso reflete “uma enorme apetência pela TAP”, destacando que a empresa é hoje “saudável, com paz social e em crescimento, ainda que limitado pelo plano de reestruturação”.

Apesar da importância de um investidor com capacidade financeira e visão estratégica, o ministro reconhece que não identifica, atualmente, um investidor exclusivamente português com esse perfil. “Podemos ficar orgulhosamente com um investidor português, mas não estou a ver hoje, em Portugal, alguém com essa capacidade”, afirmou, admitindo que é mais provável uma associação entre investidores nacionais e internacionais.

Expansão da TAP e impacto no aeroporto do Porto

No que diz respeito ao aeroporto do Porto, o ministro considera que algumas críticas em relação à TAP são “injustas”, uma vez que a companhia está limitada pelo atual plano de reestruturação. No entanto, Pinto Luz reafirma que uma TAP maior e com mais rotas deverá operar também a partir do Porto.

Quanto ao novo aeroporto de Lisboa, o ministro defende urgência na sua construção, descartando a necessidade de estender a concessão por mais 30 anos. Destacou ainda que a infraestrutura militar necessária para viabilizar o novo aeroporto está alinhada com as obrigações da NATO, exigindo preparação adequada para sua construção.

Alta velocidade e concorrência na ferrovia

No setor ferroviário, Pinto Luz anunciou para breve o concurso de aquisição de comboios de alta velocidade. O governo manterá a CP como incumbente e principal operador da alta velocidade, mas está aberto à entrada de privados no setor. “Venham os privados, venham os espanhóis, venha quem vier, a CP estará lá para competir e com qualidade”, assegurou.

Política habitacional e avaliação do Governo

Sobre a habitação, Pinto Luz rebateu críticas de falta de eficácia do Governo, argumentando que foram tomadas medidas para controlar os preços, como o investimento em 59 mil novas habitações e mais 6.800 de promoção pelo Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), além da implementação do simplex urbanístico e da nova lei dos solos, que promete reduzir em 20% os custos da habitação para a classe média.

Futuro político e elogia a Montenegro

No final da entrevista, Pinto Luz elogiou o primeiro-ministro e líder do PSD, Luís Montenegro, descrevendo-o como “um líder absolutamente excecional”. Sobre as suas próprias ambições políticas, afastou a possibilidade de disputar a liderança do partido neste momento: “Não perco um minuto a pensar nisso, estou motivado e tranquilo”, afirmou.

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