O segundo processo contra Rui Pinto, conhecido como o criador do Football Leaks, terá início no dia 13 de janeiro de 2024, no qual o arguido responde por 242 crimes. Estes incluem 201 crimes de acesso ilegítimo qualificado, 23 crimes de violação de correspondência agravada e 18 crimes de dano informático. O caso envolve o acesso indevido a emails de várias entidades, como o Sport Lisboa e Benfica, empresas, sociedades de advogados e instituições judiciais e fiscais.
A juíza Tânia Loureiro Gomes, responsável pelo processo, já marcou 16 sessões de julgamento, que decorrerão até maio. As audiências terão lugar às segundas-feiras à tarde e quartas-feiras, de duas em duas semanas, no período da manhã e da tarde. Nas primeiras sessões, previstas para os dias 13 e 15 de janeiro, poderá haver exposições introdutórias e declarações do próprio Rui Pinto.
Em março de 2023, o Tribunal Central de Instrução Criminal decidiu levar Rui Pinto a julgamento, beneficiando o arguido da amnistia aprovada durante as Jornadas Mundiais da Juventude, o que resultou na extinção de 134 crimes de violação de correspondência, devido ao facto de terem sido cometidos antes de Rui Pinto ter completado 30 anos.
Este novo processo surge na sequência de uma condenação anterior em setembro de 2023, onde Rui Pinto foi sentenciado a quatro anos de prisão com pena suspensa, por crimes relacionados com extorsão tentada, violação de correspondência e acesso ilegítimo, no âmbito do caso Football Leaks. Além disso, em novembro de 2023, o tribunal francês também o condenou a seis meses de prisão com pena suspensa, por aceder ilegalmente a emails do Paris Saint-Germain.
A amplitude dos crimes imputados a Rui Pinto, que envolvem diversas figuras e instituições, desde clubes desportivos até autoridades judiciais e fiscais, coloca novamente o criador do Football Leaks no centro de um caso judicial de grande dimensão e visibilidade.
