Falta de médicos em Idanha motiva protesto no Centro de Saúde
“A saúde é um direito, sem ela nada feito”. Foi com palavras de ordem como esta que decorreu hoje, dia 21, junto ao Centro de Saúde de Idanha-a-Nova, uma concentração de protesto por mais e melhor Serviço Nacional de Saúde. A manifestação foi organizada pela Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Idanha-a-Nova, e reuniu perto de uma centena de pessoas, que reclamaram, de forma ordeira, mais firme, gritando palavras de ordem e exibindo cartazes, por uma mais eficiente e alargada prestação de serviços de saúde em Idanha-a-Nova.
Conforme O Regiões já adiantou, a Comissão organizadora afirma que a falta de médicos no centro de saúde de Idanha-a-Nova traduz-se na insuficiência dos serviços prestados aos utentes e na incapacidade de satisfazer as suas necessidades. A agravar a situação, a médica existente, Drª Maria do Carmo Baptista, está de férias e só regressa em Janeiro, pelo que neste momento, em Idanha-a-Nova o Centro de Saúde está sem qualquer médico. Além do mais, alegam alguns utentes, esta médica nem sempre se mostra disponível para atender quando para isso requerida, facto que tem motivado ainda mais indignação junto dos populares.
«Os enfermeiros e o pessoal auxiliar dizem que não há médico, e que sozinhos não podem atender os utentes que precisam de ser consultados ou de cuidados que só um médico pode prestar, e mandam as pessoas embora», afirmou uma utente do Centro de Saúde a O Regiões, visivelmente indignada com o que se está a passar em Idanha-a-Nova.
Sentindo-se impotentes e abandonados pelo Serviço Nacional de Saúde, não resta aos utentes do Centro de Saúde outra saída, que não a de mostrarem publicamente a sua indignação. «Estamos completamente abandonados», afirma um dos manifestantes, «Mas não podemos baixar os braços. Esta é a nossa forma de luta»
E foi justamente neste registo, e reclamando mais médicos já em Janeiro, que João Fazenda pôs a tónica no seu discurso, apelando à participação da população na manifestação, por considerar ser inaceitável que Idanha os cidadãos, que pagam os seus impostos, estejam «sem médico, sem enfermeiros e sem serviços».
Armindo Jacinto, Presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, fez questão de marcar presença na concentração, juntando a sua voz à dos manifestantes, para afirmar que a Câmara tem à disposição dos médicos condições para que se possam instalar e prestar serviços em Idanha-a-Nova, mas que não tem sido fácil conseguir atrair novos clínicos.
Para além do autarca socialista, não se fizeram representar outras forças políticas presentes na Câmara Municipal, designadamente do Movimento Para Todos.
UTENTE AGRIDE FISICAMENTE FUNCIONÁRIA DO CENTRO DE SAÚDE