O homem suspeito de ter assaltado a secretaria-geral do Ministério da Administração Interna (MAI), em Lisboa, em agosto do ano passado, confessou esta quinta-feira, em tribunal, o crime de furto. O Ministério Público pediu a aplicação de uma pena de prisão efetiva.
Em tribunal, o arguido afirmou estar arrependido e declarou não saber que o edifício assaltado pertencia ao MAI. Além do roubo de 10 computadores portáteis, pertencentes à secretaria-geral, o suspeito é acusado de furtar também um microondas, três extensões elétricas e mantas de um alojamento local.
A juíza dispensou a produção de outras provas devido à “confissão integral e sem reservas” do arguido, que reconheceu todos os factos. O julgamento decorreu em cerca de 30 minutos.
O suspeito explicou que cometeu os crimes para conseguir dinheiro para consumo de droga e que, na altura, estava sem-abrigo.
O Ministério Público destacou o histórico criminal do arguido, que acumula condenações anteriores por furtos, e pediu pena de prisão efetiva, sem especificar a duração.
Segundo a acusação, o furto na secretaria-geral do MAI ocorreu antes das 06:20 do dia 28 de agosto de 2024. O suspeito terá acedido ao edifício através de andaimes no prédio ao lado e vendeu os computadores roubados no Largo de São Domingos, na freguesia de Arroios.
O MP pede ainda que o arguido perca, a favor do Estado, as vantagens patrimoniais obtidas ou que pague o valor correspondente.
A decisão final será conhecida no dia 30 de maio, data em que está agendada a leitura do acórdão.
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