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Tensões crescem com EUA em alerta. Irão detém célula ligada a Israel

O Irão anunciou, na noite de 17 de Junho de 2025, ter neutralizado uma célula ligada a serviços israelitas em Ray, perto de Teerão. Essa mesma madrugada viu os EUA deslocar o avião “Nightwatch” para Andrews, sinalizando potencial envolvimento no conflito.

Trump pressionado a recuar de ação direta contra o Irão

A vontade expressa pelo Presidente Donald Trump de envolver directamente os Estados
Unidos numa acção militar contra o Irão terá sido travada, segundo agências norte-americanas, por uma frente conjunta de cem senadores dos dois principais partidos. De acordo com fontes do Congresso, este grupo bipartidário mobilizou-se durante a madrugada, contactando directamente a Casa Branca para apelar à contenção. A iniciativa terá surgido após a divulgação de informações internas que davam conta de ordens preparatórias já em curso junto do Pentágono.

Vários senadores terão alertado para as graves consequências de um ataque preventivo,
nomeadamente a possibilidade de escalada para um confronto regional de grandes proporções ou mesmo o risco de conflito nuclear. A carta conjunta — assinada por figuras centrais tanto do Partido Republicano como do Partido Democrata — foi entregue a altas horas da madrugada, e incluía o apelo à reabertura de canais diplomáticos, destacando o “interesse vital dos Estados Unidos em evitar uma guerra sem saída no Médio Oriente”.

Segundo fontes próximas do gabinete de segurança nacional, a resistência do Senado terá
levado a uma reavaliação de cenários por parte da equipa presidencial. No entanto, a mesma fonte sublinha que “nada foi formalmente retirado da mesa” e que o Presidente continua a considerar “todas as opções disponíveis”.

Operação iraniana e célula suspeita

Na madrugada de 17 para 18 de Junho, agências iranianas informaram que uma célula
suspeita de ligação a serviços de informação israelitas em Ray, a sul de Teerão, foi
desmantelada. Segundo a agência Mehr News, os detidos planeavam ataques terroristas em zonas densamente povoadas da capital, planos que terão sido frustrados pelas forças de segurança.

Na mesma madrugada em Portugal, o avião oficial do Presidente dos Estados Unidos, o Air
Force One, aterrou na base aérea de Andrews, Maryland, após partir de Shreveport, no Estado da Luisiana. Um helicóptero da polícia do Estado acompanhou a aterragem.

A aeronave em questão é uma unidade E-4B “Nightwatch”, conhecida como “Doomsday Plane” ou NAOC (National Airborne Operations Center), concebida para funcionar como centro de comando em situações de crise militar ou conflito nuclear. A última utilização comparável terá ocorrido a 11 de Setembro de 2001. Este tipo de deslocação sugere uma de duas hipóteses: ou os EUA preparam-se para uma guerra aberta com o Irão, ou antecipam um risco real de escalada nuclear no Médio Oriente.

Também nas últimas horas, os Estados Unidos reforçaram de forma significativa a sua
presença militar na região, em apoio a Israel. Foram destacados aviões de combate F-16, F-22 e F-35, aviões-tanque KC-46A e KC-135, e várias embarcações, incluindo os porta-aviões USS Carl Vinson e USS Nimitz, bem como os destróieres USS Thomas Hudner, USS Arleigh Burke e USS The Sullivans, já posicionados no Mediterrâneo e no Mar da Arábia. Estima-se que cerca de quarenta mil militares norte-americanos estejam actualmente destacados nas zonas envolventes.

Apesar da dimensão da mobilização, o Departamento de Defesa sublinha que a operação tem carácter exclusivamente defensivo, com o objectivo de interceptar eventuais ataques com mísseis ou drones por parte do Irão e garantir a protecção das forças destacadas.

Diplomacia fragilizada No plano diplomático, fontes citadas pela estação norte-americana ABC News revelaram que o regime iraniano demonstrou abertura para retomar as negociações com os Estados Unidos, nomeadamente no que diz respeito à suspensão do enriquecimento de urânio.

Caso haja avanços, prevê-se a realização de reuniões de alto nível ainda esta semana, podendo contar com a presença do enviado especial Steve Witkoff e do vice-presidente J. D. Vance.

Entretanto, o Presidente Donald Trump afirmou que só aceitará a “rendição incondicional” do Irão, rejeitando qualquer cessar-fogo e exigindo o desmantelamento total do programa nuclear iraniano. As declarações foram feitas a bordo do Air Force One e reiteradas junto de
assessores militares, nas quais defendeu um “fim definitivo” ao conflito em curso.

O que está em jogo
1. Escalada militar: a deslocação do “Doomsday Plane” e a movimentação de forças
apontam para uma preparação norte-americana perante cenários extremos, incluindo
confrontos directos com o Irão.

2. Diplomacia em risco: apesar de sinais de abertura por parte de Teerão, a retórica
agressiva de Washington complica eventuais negociações.

3. Impacto regional e global: o alastrar do conflito pode comprometer a estabilidade no
Médio Oriente e provocar consequências económicas globais, nomeadamente ao nível
dos mercados energéticos.

Conclusão
A madrugada de 17 para 18 de Junho de 2025 assinala uma viragem crítica na tensão entre o Irão e Israel, com reverberações a nível global. O desmantelamento de uma célula em Ray e a movimentação do centro de comando aéreo norte-americano são sinais evidentes de agravamento da crise. A diplomacia ainda não está morta, mas o seu espaço é cada vez mais estreito.

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