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Ventura ameaça avançar com moção de censura se Montenegro não esclarecer suspeitas em 24 horas

André Ventura, líder do Chega, anunciou que o seu partido apresentará uma moção de censura ao Governo se o primeiro-ministro, Luís Montenegro, não fornecer explicações sobre as acusações de corrupção alegadas contra ele dentro de 24 horas. O dirigente político exigiu respostas imediatas ao chefe do Governo relativamente às suspeitas de conflitos de interesse envolvendo a sua família e um possível benefício indevido da revisão da lei dos solos

Em conferência de imprensa realizada na sede do Chega, Ventura sublinhou que a falta de esclarecimentos por parte de Luís Montenegro, após as revelações publicadas no sábado pelo jornal Correio da Manhã, não deixa margem para outra ação. A informação referida pelo jornal menciona que a mulher e os filhos do primeiro-ministro possuem uma empresa de compra e venda de imóveis, a qual poderia vir a ser favorecida pela recente revisão da legislação sobre os solos. Ventura afirmou que a ausência de respostas claras e a “suspeita absoluta de corrupção” em torno do caso exigem uma posição firme por parte do Governo.

O líder do Chega revelou que, caso não haja um esclarecimento adequado por parte de Luís Montenegro até segunda-feira, a sua formação política avançará com uma moção de censura ao executivo. “Se essa resposta persistir em não ser dada, em ser ocultada, então amanhã [segunda-feira] a esta hora o Chega dará entrada com uma moção de censura ao executivo”, afirmou, destacando que a situação não pode continuar sem esclarecimentos.

Ventura acrescentou ainda que já comunicou ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a sua intenção de proceder à apresentação da moção de censura caso as explicações solicitadas não sejam fornecidas de forma satisfatória.

Em reação às acusações, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, classificou as suspeitas de conflito de interesses como “absurdas e injustificadas”. O chefe do Governo desmentiu qualquer benefício para a sua família, negando que pudesse haver uma ligação entre a empresa imobiliária da sua mulher e filhos e a recente alteração da lei dos solos. Montenegro sublinhou ainda que a sua relação com a sua mulher, com quem casou sob o regime de comunhão de adquiridos, não implica que possa beneficiar pessoalmente de eventuais lucros gerados pela empresa familiar.

O prazo dado por André Ventura ao primeiro-ministro para esclarecer esta situação, bem como a ameaça de moção de censura, tem gerado um clima de tensão política, com várias partes a aguardarem a resposta de Luís Montenegro a estas graves acusações.

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