Domingo,Novembro 24, 2024
13.1 C
Castelo Branco

- Publicidade -

Em Idanha, a direita tem espaço para crescer

Como num verdadeiro teatro de sombras, em vista dos desafios eleitorais autárquicos que se avizinham, começam a ganhar dimensão as peças do xadrez político de Idanha-a-Nova

A recente notícia avançada pelo ORegiões, de que o comandante Rui Esteves poderá estar disponível para protagonizar a liderança da uma candidatura forte e unificadora à esquerda, parece ter devolvido ao Partido Socialista a esperança que o sucessivo rol de casos judiciais mediáticos lhe tem roubado nos últimos tempos, e que parece não ter fim à vista.

Pelo contrário, no espectro político da direita, o expressivo resultado alcançado nas eleições legislativas de 2024, com os dois principais partidos (PSD e Chega) a conquistarem um resultado superior a todos os partidos da esquerda juntos, incluindo o PS, traduz uma alteração muito significativa no quadro político do concelho, e parece antecipar, em definitivo, o desejo do eleitorado numa mudança radical, como aquela que, em 1997, o PSD, com Francisco Baptista, conseguiu protagonizar, aproveitando a saída do histórico socialista, Joaquim Morão, mesmo depois de décadas de um consulado muito activo.

Com este cenário de fundo, parece restar aos independentes do MOV.PT apenas o papel de fiel da balança, neste instável equilíbrio entre as duas principais forças políticas, pese embora a grande proximidade do seu líder e de parte significativa dos seus membros ao Partido Socialista, de onde saíram em clara ruptura com Armindo Jacinto, caso de diferentes presidentes de Junta de Freguesia, como  Zebreira, Oledo, Salvaterra do Extremo e Aldeia de Santa Margarida.

Uma coisa se afigura clara: nos últimos anos, como bem evidenciam as mais recentes eleições, a direita tem crescido em Idanha-a-Nova, e, tal como acontece a nível nacional, não terá alcançado ainda todo o seu espaço vital.

Por detrás deste fenómeno parecem radicar diferentes causas. A primeira delas, mas talvez não mais importante, prende-se com as dinâmicas próprias e com a evolução da estrutura etária do eleitorado.

 Aliado a isto, acresce o desgaste inerente ao exercício do poder, e a falta de renovação dos quadros socialistas, cujos nomes se repetem há décadas, alternando em diferentes lugares.

 Finalmente, a dinâmica imposta pela renovação política nacional, protagonizada pela AD de Luís Montenegro, como alternativa aos governos socialistas de António Costa, ultimamente consumidos por toda a espécie de escândalos, à semelhança do que acontece em Idanha, bem como a mais recente configuração da Assembleia da República, com o Chega a conquistar 50 deputados, deixa aberto o flanco para o natural avanço da direita, no nosso concelho.

- Advertisement -

Resta agora aos seus principais protagonistas saber interpretar os desígnios do eleitorado, unir esforços e capitalizar este ânimo e desejo de mudança, porque também em Idanha a direita tem espaço para crescer.

Não perca esta e outras novidades! Subscreva a nossa newsletter e receba as notícias mais importantes da semana, nacionais e internacionais, diretamente no seu email. Fique sempre informado!

Partilhe nas redes sociais:
Pedro Rego
Pedro Rego
Advogado. Escreve artigos sobre diversas temáticas para o jornal ORegiões.

Destaques

- Publicidade -

Artigos do autor