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Idanha Tem Mesmo De Mudar

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Idanha tem mesmo de mudar, e abraçar um projecto político que dê prioridade ao nosso território, às nossas terras e às nossas gentes

Debater é falar e trocar argumentos ou pontos de vista, geralmente contrários, sobre determinado assunto. A palavra debate terá entrado no século XIII para a língua portuguesa, oriunda do francês “débat”, que exprimia a ideia de controvérsia ou querela, sendo que o termo francês “debatre” tem a sua origem na expressão latina debattere de “debatuere”, que significa bater ou lutar.

Não quer isto dizer que o debate político tenha necessariamente de ser uma verdadeira luta, ou que sejam nossos inimigos mortais aqueles que sobre certa ideia tem posição contrária à nossa. Em democracia, quem pensa de modo diferente é apenas nosso adversário, porque em democracia cada um de nós é livre de exprimir livremente (perdoe-se-me o reforço desta ideia) o seu pensamento. Porque em democracia não há senhores da verdade, nem há superioridade moral, e muito menos a virtude está refém de certos grupos ou conjunto de pessoas. Mesmo porque, em democracia, as ideias que nos desagradam devem refutar-se com argumentos e não com dogmas.  

Voltando ao que interessa, se é verdade que o debate político não é um verdadeiro combate, em que se oponham pessoas, ele não deixa de ser um autêntico confronto, onde necessariamente se devem debater ideias.

Do mesmo modo, o debate político não é nem deve ser um espaço onde se promovam julgamentos de carácter sobre quem tem responsabilidades na gestão da(s) coisa(s) pública(s). Todavia, quem aceita desempenhar cargos políticos, não pode estar isento de assumir as responsabilidades pelas suas decisões ou posições políticas, realidade que é naturalmente inerente a quem governa, mas que é ainda extensível a quem está na oposição.

Ora, é com base nestes pressupostos que eu tenho afirmado publicamente que o grande projecto de Armindo Jacinto para o concelho de Idanha-a-Nova foi, de um modo geral, um autêntico fracasso. E foi um autêntico fracasso na medida em que transformou o Município num producto de vendas ou de marketing territorial, e esteve todo o tempo focado em sujeitos errados, quando deveria ter olhado para o nosso território como o espaço vital da população que o ocupa, das pessoas reais e concretas cujos interesses legítimos ele tinha o dever de defender. Mas se o projecto de Armindo Jacinto falhou em toda a linha, ao menos ele tinha uma ideia, muito embora errada, como hoje se verifica. Já quanto à oposição presente no órgão executivo da autarquia não se lhe conhece uma ideia sobre qual seja o concelho que defende.  Por isso eu afirmo, Idanha tem mesmo de mudar de rumo, e abraçar um projecto político em que as pessoas estejam em primeiro lugar. Mas um projecto político com ideias, que dê prioridade ao nosso território, às nossas terras e às nossas gentes.   

 

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Pedro Rego
Pedro Rego
Advogado. Escreve artigos sobre diversas temáticas para o jornal ORegiões.

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