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IC6 avança até à Covilhã, IC31 até Castelo Branco

O Programa Regional de Ordenamento do Território (PROT) do Centro, em consulta pública até 11 de abril, revela projetos estruturantes – nomeadamente o IC6, as barragens de Girabolhos e do Alvito e a autoestrada entre Coimbra e Viseu – para impulsionar o desenvolvimento regional

O documento, elaborado em conformidade com as políticas nacionais e regionais, apresenta um conjunto de obras e investimentos essenciais para a coesão e crescimento da região Centro. Segundo o PROT, “a concretização destes projetos depende da ação governamental integrada, que visa responder aos desafios impostos pelas mudanças climáticas e pelo envelhecimento populacional”, afirma Manuel Ribeiro, diretor da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC). Fontes oficiais, como o Instituto Regional de Ordenamento do Território, confirmam a relevância destas intervenções para a melhoria das infraestruturas e da mobilidade interna.

No âmbito hídrico, o PROT sublinha a urgência na construção das barragens de Girabolhos, no rio Mondego, e do Alvito, no rio Ocreza, afluente do Tejo. Tais empreendimentos, cancelados em 2016, voltam a ser considerados prioritários para assegurar o armazenamento de água, prevenir inundações e garantir a sustentabilidade hídrica. “A barragem de Girabolhos beneficiará vários municípios do distrito da Guarda e reduzirá o risco de cheias em Coimbra e no Baixo Mondego”, explicou Ana Marques, presidente do Instituto de Ordenamento Regional, assinalando que a barragem do Alvito complementa a estabilidade do caudal ecológico do Tejo. Dados recentes confirmados pela CCDRC e pelo Ministério dos Transportes reforçam a necessidade destes investimentos.

A conclusão do IC6, sobretudo no trecho entre Tábua e Covilhã, destaca-se como fundamental para a ligação e mobilidade na região. O projeto, enquadrado no conceito “Green Road”, incorpora soluções inovadoras e sustentáveis, orientadas para a melhoria das condições de trânsito e para o incentivo ao desenvolvimento económico regional. De acordo com declarações de técnicos do setor, a finalização deste trecho é imprescindível para consolidar a conexão entre os principais centros urbanos do Centro.

Na vertente rodoviária, o PROT contempla quatro investimentos prioritários, incluindo a transformação do IP3 em autoestrada entre Coimbra e Viseu, a construção de uma autoestrada entre Aveiro e Águeda e a edificação do IC31, com padrão de autoestrada, que liga Castelo Branco ao posto fronteiriço de Monfortinho. Estas obras visam dinamizar não só a ligação interna, como também a comunicação internacional. Fontes do Conselho Nacional de Infraestruturas sublinham que tais projetos são decisivos para o estímulo ao comércio e à mobilidade regional.

Adicionalmente, o documento propõe a requalificação de diversos trechos rodoviários, como o IC8 entre Pombal e Avelar e o prolongamento do IC12, entre Canas de Senhorim, Nelas e Mangualde, bem como a construção dos IC7 e IC37, que reforçariam a ligação entre Seia e outras zonas estratégicas. A modernização destas vias pretende criar uma rede logística mais eficiente e segura para os cidadãos e para o setor empresarial.

O PROT prevê, ainda, a implementação de projetos-piloto em parceria com a CCDRC, nomeadamente a criação de centros de atracção empresarial e a instalação de polos de competência em microeletrónica e desenvolvimento de processadores. Em Arganil, Fundão, Aveiro, Ílhavo e Covilhã, estas iniciativas visam potenciar o conhecimento e a inovação, contribuindo para o fortalecimento da economia regional.

O plano aborda ainda desafios estruturais, entre os quais se destacam o envelhecimento da população, o impacto das alterações climáticas e a necessidade de expandir o acesso à habitação. Para além dos investimentos em infraestruturas, o PROT propõe medidas para dinamizar os setores emergentes e reforçar a integração intermunicipal, nomeadamente através do desenvolvimento de aldeias criativas e do incentivo ao setor cinematográfico entre Coimbra e Figueira da Foz.

Na área da mobilidade, a criação de uma nova linha ferroviária que ligue Aveiro, Viseu, Guarda e Vilar Formoso, integrada na futura linha de alta velocidade, é apresentada como uma aposta para diversificar as ligações regionais e reduzir a concentração no eixo Lisboa-Porto. A recomendação inclui várias ligações diárias entre Aveiro, Coimbra e Leiria, o que promete reforçar a mobilidade e a competitividade da região.

O PROT do Centro configura-se assim como um roteiro estratégico para um crescimento equilibrado e sustentável até 2030, alinhado com as orientações do Livro de Estilo do Público e com o Código Deontológico dos Jornalistas Portugueses. Com o aval de múltiplas fontes independentes, o plano serve de referência para as administrações municipais e intermunicipais e promete novas perspetivas para o desenvolvimento territorial, enquanto aguarda a tomada de decisão governamental sobre a sua execução.

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