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Burlas com arrendamento estão a aumentar

As burlas nas casas para arrendar em Portugal estão a aumentar, avisa a PSP que monitoriza as  burlas dos falsos arrendamentos desde 2016. Até 2021 este crime tinha uma expressão inferior ou próxima de meio milhar de casos por ano, sendo, sobretudo, relacionado com arrendamentos de férias. Mas desde 2022 sofreu um agravamento significativo. De acordo com a Polícia de Segurança Pública, “foram identificados nove métodos diferentes, que têm sido os mais utilizados na concretização desta prática criminal, e que correspondem a burlas, única e exclusivamente, praticadas através de telefone”

Os nove métodos mais utilizados de burla por telefone foram identificados pela PSP este domingo em comunicado, alertando a população para a ocorrência deste tipo de crime. De acordo com a Polícia de Segurança Pública, “foram identificados nove métodos diferentes, que têm sido os mais utilizados na concretização desta prática criminal, e que correspondem a burlas, única e exclusivamente, praticadas através de telefone”.

Entre os métodos mais utilizados, segundo a PSP, estão a burla “Olá pai, Olá mãe”, quando “o criminoso faz-se passar por familiar [normalmente filho], por mensagem via WhatsApp, solicita pagamento para arranjar o telemóvel partido, para comprar um novo ou simplesmente para pagar uma suposta despesa inopinada e urgente”.

Já no caso da burla de falso arrendamento, perante um anúncio, a um preço bastante mais atrativo do que o habitual no mercado, é solicitado à vítima o pagamento do “sinal” do aluguer fictício.

Com o aumento dos preços das casas, as famílias que encontram uma casa para arrendar abaixo do preço de mercado, tendem a achar que é um bom negócio. Mas este é um dos sinais de alerta para uma possível burla. O aviso é dado pela Polícia de Segurança Pública (PSP) que registou mais de 1.500 burlas no arrendamento só em 2023, tendo lesado em quase 2 milhões de euros os bolsos das famílias que procuravam uma casa para arrendar.

Segundo a PSP, o pagamento pelo sistema MB Way também é utilizado em burlas, que normalmente são desencadeadas após um anúncio na internet de venda de um artigo, em que o burlão solicita que o pagamento seja efetuado por MB Way, dando ele próprio as instruções para o efeito, levando a vítima a fornecer os códigos de acesso ao levantamento num ATM da quantia estabelecida no negócio.

Uma oferta de emprego ou trabalho numa empresa conceituada, com ordenado atraente, é oferecido à vítima, mas trata-se de outra burla. Os burlões pedem uma espécie de “sinal” à vítima para despesas variadas.

O falso empréstimo também é uma das burlas mais utilizadas, nomeadamente quando o burlão pede a documentação da vítima e solicita também uma quantia de dinheiro para pagar taxas e concluir o processo.

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A burla relacionada a compra/venda de automóveis ocorre quando o burlão coloca um anúncio em plataformas de compra e venda de viaturas ‘online’, a um preço bastante mais atrativo que o habitual no mercado, e o criminoso pede dinheiro à vítima para o transporte do automóvel ou outras despesas. O burlão pode clonar uma viatura e oferecê-la em várias plataformas da internet.

Outra burla ocorre quando o criminoso apresenta-se como funcionário de uma instituição credenciada [PSP, GNR, ASAE, PJ, AT], fazendo-o através de um contacto telefónico, um site falso, um e-mail ou uma mensagem escrita, indicando que a vítima tem coimas ou outras pendências por regularizar.

Outras burlas são o falso SMS de dívida, no qual a vítima tem de efetuar o pagamento de um serviço – na mensagem já são indicadas a referência e entidade – sob pena de vê-lo cortado, ou ainda o falso CEO, que consiste num contacto no qual o burlão se faz passar por um responsável de uma empresa ou organização, solicitando a um funcionário dessa mesma empresa ou organização que proceda a um pagamento, ao envio de algum tipo de informação sensível, ou à alteração de dados bancários.

Os conselhos da PSP

A PSP alerta a população para não fornecer dados pessoais considerados intransmissíveis e suspeitar sempre de quaisquer solicitações que tenham urgência, pressionando a um pagamento/transferência imediato.

As pessoas devem evitar fazer qualquer transferência monetária, principalmente para o nome de outra pessoa que não daquela com quem se está a estabelecer o negócio e suspeitar de qualquer transação aparentemente bastante rentável e vantajosa, segundo a PSP.

A população não deve efetuar quaisquer ações em aplicações que permitam a transferência de dinheiro se não se sentir familiarizado com o seu funcionamento e os procedimentos a adotar, indicou a PSP, sublinhando que se deve ter cuidado no caso de um número desconhecido a contactar, identificando-se como familiar ou amigo, devendo colocar-lhe questões que apenas o próprio soubesse responder.

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