Namasté! Continuamos com as crónicas sobre OS GRANDES MESTRES DO PASSADO, da Humanidade, que de alguma forma, influenciaram a nossa cultura, história e religiosidade. Perceber o seu contexto histórico e entender o que vieram trazer à Humanidade e em que isto se enquadra os dias de hoje.
Na semana passada, finalizámos as religiões abraâmicas. Esta semana vamos viajar até ao Egipto Antigo e conhecer AQUENÁTON.

Aquenáton foi um faraó da XVIII dinastia do Egipto. O seu reinado durou somente 17 anos, no entanto, influenciou toda uma cultura que sempre foi politeísta e introduziu a adoração centrada em um único Deus, intitulado de ATÓN.
Porém, este monoteísmo foi aceite só na nobreza e realeza. A população nunca deixou de ser politeísta.
Apesar disso, ainda hoje, Aquenáton é considerado um símbolo de revolução religiosa.
Existe um particular interesse neste faraó, pois ele e sua esposa Nefertiti foram os pais do famoso faraó TUNTAKAMON.
Nesse tempo, foram desenvolvidas artes de estilo único, de alta qualidade e diferenciadas do tradicional estilo Egipto, devido ao interesse da religião monoteísta que tentou fundar.
Aquenáton foi o primeiro indivíduo da história da Humanidade que implementou as suas ideias revolucionárias, do conceito monoteísta.
Governou entre 1353 a. C. e 1336 a. C. Os seus sucessores, inclusive o filho Tuntakamon, foram críticos violentos do seu reinado, não aceitando a ideia monoteísta.
O nome de Aquenáton era, na verdade, Amenofis IV. Cresceu no palácio de Malcata, localizado a sul de Tebas.
Durante o reinado do seu pai, o Egipto viveu um era de paz, prosperidade e esplendor artístico.
Amenofis tinha um físico algo débil e não era adepto de caça, nem manuseava armas. Porque quem era previsto ser o futuro rei, seria o seu irmão mais velho, mas que morreu, tornando o Amenofis o herdeiro do trono. Amenofis não foi criado para ser faraó, mas sim para ser um sacerdote do templo de Heliópolis.
Aos 15 anos assumiu o seu reinado, adotando, cinco anos depois, outro nome «AQUENÁTON», como ditava a tradição egípcia, cuja atitude de mudar de nome simbolizava um novo ciclo monárquico.
No ano 6 do seu reinado, fundou uma cidade, na verdade tornou-a capital do Egipto, dedicada ao único Deus ATÓN, dando o nome a esta capital de, também, AQUENÁTON.
No 17.º ano da sua governança, faleceu, não se tendo a certeza se foi assassinado.
É certo que, apesar do esforço, Aquenáton não transformou o Egipto numa religiosidade monoteísta, pois após a sua morte, o politeísmo foi tomando conta novamente. No entanto, é de louvar a força da convicção de um homem, muito à frente do seu tempo, que desafiou todas as instituições religiosas da época e revolucionou a religião mitológica da XVIII dinastia faraónica.
Qual foi o seu maior legado? Sem dúvida, a sua convicção!
Transpondo este exemplo para os nossos dias, se cada um for convicto da sua própria realidade, daquilo que o faz feliz e infeliz, sem usar a opinião dos outros como medidor da própria felicidade, todos nós seríamos seres humanos autênticos e sem hipocrisias ou máscaras.
Finalizo com uma frase do próprio Aquenáton:
«O coração do hipócrita (…) mascara as palavras na aparência da verdade. O fundamento da sua vida é apenas enganar».
Até à próxima crónica! Namasté!
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Anabela Beirão
Terapeuta Holística
Consultas: 969472825
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