Namasté! Continuamos com as crónicas sobre OS GRANDES MESTRES DO PASSADO, da Humanidade, que de alguma forma, influenciaram a nossa cultura, história e religiosidade. Perceber o seu contexto histórico e entender o que vieram trazer à Humanidade e em que isto se enquadra os dias de hoje.
Na semana passada «visitámos» o Egipto Antigo e conhecemos Aquenáton. Hoje fazemos uma «viagem» até à Antiga China e vamos conhecer LAO-TSÉ, o fundador do TAOÍSMO.

Lao Tsé, também conhecido por Lao Zi ou Lao Tzu, cujas várias denominações significam «O Velho Mestre», foi um filósofo e escritor da Antiga China, nascido provavelmente em CHU, atual LUYI, na província de HUNAN, na China em 604 A. C.
Nessa época, a China era governada pela dinastia ZHU, desde 1045 a. C., mas que foi perdendo a sua força imperial até ao seu desaparecimento, sensivelmente a 256 a. C..
Era uma época interessante quer a nível de influências filosóficas quer a nível intelectual. Neste período nasceram importantes filósofos, a nível global, cada um na sua área do seu raio de ação, influenciando a cultura local com importantes conhecimentos de sabedoria profunda e até importantes leis reformistas no âmbito social.
Estava a China, naquele tempo, dirigida por nobres que causavam divisões dos poderosos principados, sendo ainda o imperador a ter a última palavra. No entanto, as intrigas e disputas na corte imperialista levaram ao descontentamento de Lao Tsé, que tinha um cargo importante na corte como zelador dos arquivos da biblioteca. Este fato permitiu, ao longo de anos, Lao Tzé acumular muito conhecimento dos livros e criando uma sabedoria pessoal. Mas devido às disputas, anos depois, abandonou o cargo e iniciou uma grande viagem, às Terras do Oeste, com o grande objetivo de converter os «Bárbaros», chamados assim aqueles que inventaram o budismo e o introduziram na China.
Lao-Tsé foi reconhecido como sábio e mestre em 550 a.C., deixando assim registado os seus ensinamentos e filosofias. Foram escritos 81 versos, sugados do seu conhecimento profundo, cujos versos mais tarde, iriam formar o livro « TAO-TE-CHING» . E deste livro nasceu o TAOÍSMO, uma filosofia religiosa que integra os fundamentos da tradição espiritual da China.
Até ao séc. II, o taoísmo era uma filosofia inserida nas tradições, depois deste século, evoluiu para um taoísmo religioso.
TAO, significa «caminho», o princípio universal, a origem e o fim das coisas. O TAO, para a obtenção da paz absoluta, pela completa submissão à natureza. Esta indiferença a tudo o que rodeia, junto com valores de pureza, calma, simplicidade e unidade, caracterizam o estado máximo do Taoísmo, do verdadeiro sábio. O TAO assenta na teoria de que toda a ação voluntária do homem, perturba a ordem natural do Universo. Dito por palavras do fundador e passo a citar: «O homem deve agir sem intenção pré-concebida, sem alvos prefixados, agir segundo aquilo que somos de acordo com a natureza».
Este foi sem dúvida o seu maior legado, a perceção de que, no fundo, ninguém controla nada. De que, por vezes, os acontecimentos fogem do nosso controle e na sua maior parte, a vida apresenta-se de formas surpreendentes e completamente diferentes do que idealizámos.
Quem não está no Tao, revolta-se, não aceita, não procura adaptar-se ao fluir, ao caminho, ao TAO. O maior ensinamento de Lao-Tsé é a ACEITAÇÃO, A SUBMISSÃO AO EXTERIOR E AO NOSSO INTERIOR (ESSÊNCIA). À aceitação total de sermos quem somos e produzir na nossa vida através da nossa essência, sem medição exterior da opinião alheia, ou medidores de coisas externas.
Concluo esta crónica com uma frase de Lao-Tsé:
«O RIO ATINGE SEUS OBJETIVOS PORQUE APRENDEU A CONTORNAR OBSTÁCULOS»
Caro leitor e ouvinte, aceite a sua essência e manifeste-se de acordo.
Simplesmente… SEJA!
Até à próxima crónica!
Namasté!
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Anabela Beirão
Terapeuta Holística
Consultas: 969472825
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