Segunda-feira,Março 31, 2025
12.9 C
Castelo Branco

- Publicidade -

Crónica Holística Semanal (Sidarta Gautama)

Namasté! Continuamos com as crónicas sobre OS GRANDES MESTRES DO PASSADO, da Humanidade que, de alguma forma, influenciaram a nossa cultura, história e religiosidade. Perceber o seu contexto histórico e entender o que vieram trazer à Humanidade e em que isto se enquadra nos dias de hoje.

Na última crónica «viajámos» até à Antiga China. Conhecemos LAO-TSÉ, o fundador do Taoísmo.

Hoje visitaremos o NEPAL e vamos conhecer SIDARTA GAUTAMA, o fundador do BUDISMO!

Crónica Holística Semanal (Sidarta Gautama)
DR

Sidarta Gautama é conhecido por várias nomenclaturas, mas a mais conhecida é, sem dúvida, o BUDA (BUDDHA), que significa «O DESPERTO».

Sidarta nasceu no Sul de Nepal, em uma data incerta, mas alguns historiadores do séc. XX apontam o seu nascimento entre 563 e 483 A.C..

Nascido em berço de ouro, literalmente, foi um príncipe do principado de uma região a sul do Nepal. Na época, a cultura dominante era da civilização védica, baseada em princípios védicos, que ainda hoje perduram nas formas clássicas do Hinduísmo.

Gautama foi educado pela irmã mais nova da sua mãe e por um leque dos melhores professores da região, que o prepararam para ser o futuro imperador. Aos 16 anos, o pai casou-o com a prima de Sidarta, tendo nascido um filho.

No entanto, e apesar de excelentes professores, que lhe ensinaram tudo o que precisava saber para ser um excelente Imperador, Gautama foi poupado de saber o verdadeiro sofrimento humano. Vivia dentro dos muros do seu palácio, rodeado de luxos, de servidores sempre felizes, levando-o a acreditar que o mundo exterior seria da mesma forma.

Até que um dia, um pajem de Gautama disse-lhe que a realidade lá fora não era como dentro do palácio. Este fato despertou a sua curiosidade e este fez algumas saídas escondidas, fora do principado, com a finalidade de conhecer a realidade humana. Deparou-se com doenças, mazelas, velhice com todo o sofrimento inerente à causa humana!

Decide então, aos 29 anos, abandonar a vida palaciana, mulher, filho. Abandonou tudo e partiu à busca de respostas sobre a existência do sofrimento humano.

Percorre algumas escolas extremistas de auto indulgência e auto mortificação, achando que a renúncia aos prazeres materiais o levariam à iluminação.

O seu estado de iluminação tem várias lendas associadas, no entanto, vou citar uma lenda, baseada nos estudos do professor Laércio Fonseca, que me parece mais elucidativa e com alguma realidade. Se assim de fato aconteceu, eu não sei, nem ninguém sabe. Mas reza esta lenda que:

O auto flagelo que Gautama impôs a si mesmo foi a renúncia dos prazeres da alimentação. A partir desse ponto, jamais tocaria num alimento, propondo-se a alimentar-se somente de excrementos de galinha e vaca. Renuncia aos prazeres da alimentação e passa a maior parte do dia em meditação. Assim foi durante meses. Cada vez mais magro e pálido. Um dia, numa das suas rotinas matinais, vai tomar banho no rio, onde as margens não são profundas, indo a profundidade até perto da altura da coxa. Por obra do destino, escorrega e cai. A sua fraqueza é tanta que não consegue levantar o seu corpo de uma simples margem baixa. Sidarta percebe que vai morrer afogado, por estar frágil. Se a sua condição fosse outra, sobrevivia. Mas, como eu estava a dizer, por obra do destino, umas pessoas viram o desespero de Sidarta e correm para o salvar. Sentam-no à beira-rio e nesse instante passa um barqueiro. O indivíduo estava a tocar uma bela música num instrumento de corda. Nesse instante, parou de tocar e começou a afinar uma corda que parecia estar desafinada. Neste procedimento, esticou tanto a corda que esta partiu-se. E, neste momento, Gautama teve uma expansão de consciência, a tal iluminação que procurava através do flagelo da auto mutilação! Percebeu que a busca espiritual deveria ser como aquele instrumento de corda. Que só toca uma bela melodia se as suas cordas estiverem afinadas, nem demasiadamente frouxas e nem demasiadamente esticadas. Entendeu que é no CAMINHO DO MEIO onde está o EQUILÍBRIO.

A partir daqui, criou os seu próprios ensinamentos, pregando durante 45 anos por toda a Índia. Deixando como legado para a Humanidade as suas 4 VERDADES NOBRES, como linhas orientadoras do Budismo. A saber:

1 -« O Sofrimento é inerente a toda a forma de existência»; 2- «A ignorância é a origem de todo o sofrimento»; 3 – «Pela extinção da ignorância, extingue-se o sofrimento»; 4 – «O caminho do meio é equidistante da materialidade e da espiritualidade».

Pense nisto!

Até à próxima crónica!

[soundcloud]https://soundcloud.com/oregioes/8-os-grandes-mestres-do-passado-sidarta-gautama[/soundcloud]

Namasté!
Anabela Beirão
Terapeuta Holística
Consultas: 969472825
www.planetaimpacto.wixsite.com/novaera

- Publicidade -

Não perca esta e outras novidades! Subscreva a nossa newsletter e receba as notícias mais importantes da semana, nacionais e internacionais, diretamente no seu email. Fique sempre informado!

Partilhe nas redes sociais:
Anabela Beirão
Anabela Beirão
Apresentadora do ORegiões web tv e compositora de genéricos musicais para ORegiões. Professora de música e terapeuta holística. Colabora semanalmente com seus artigos de opinião e crónica.

Destaques

- Publicidade -

Artigos do autor

Não está autorizado a replicar o conteúdo deste site.