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Depois de Gaza, Trump bombardeia Iémen

Os Estados Unidos lançaram este sábado uma nova onda de ataques aéreos contra áreas sob controlo dos rebeldes Huthis, na capital iemenita, Saná, marcando um novo escalonamento militar na região. A operação, ordenada pelo presidente Donald Trump, visa debilitar a capacidade ofensiva dos Huthis – grupo que recebe apoio do Irão – e garantir a liberdade de navegação nas rotas marítimas estratégicas, frequentemente ameaçadas por incursões insurgentes.

Esta ação militar sucede operações anteriores em que os EUA, juntamente com Israel e a Grã-Bretanha, atingiram zonas controladas pelos Huthis. De acordo com a agência de notícias Associated Press, as Forças Armadas israelitas optaram por não comentar os recentes bombardeios. Em resposta, Trump afirmou através das redes sociais que:

“Estes ataques implacáveis custaram aos EUA e à economia mundial muitos biliões de dólares (muitos mil milhões de euros) e, ao mesmo tempo, puseram em risco vidas inocentes.”

Segundo autoridades americanas, os bombardeios foram efetuados com mísseis guiados e tecnologia de precisão, numa operação que pretende desincentivar futuros ataques contra navios e instalações estratégicas na região do Mar Vermelho. A retaliação visa, sobretudo, proteger os interesses económicos internacionais, num contexto em que as perturbações ao comércio marítimo têm causado significativas perdas financeiras globais.

Especialistas em segurança consideram que a intensidade dos ataques representa uma resposta firme e inédita, que pode alterar o equilíbrio de forças no Oriente Médio. Embora a operação seja apresentada como uma medida de autodefesa, há apreensões de que a escalada possa desencadear uma resposta mais ampla dos grupos insurgentes e, possivelmente, agravar as tensões com o Irão.

No último trimestre, confrontos e operações semelhantes já haviam sido registados na região, com aliados dos EUA, como Israel e a Grã-Bretanha, a realizarem ataques preventivos em zonas controladas pelos Huthis. Neste contexto, o governo americano defende que as medidas adotadas são necessárias para restaurar a normalidade nas rotas de navegação, essencial para o fluxo do comércio global, e para prevenir a repetição de incidentes que possam comprometer a segurança económica mundial.

A operação insere-se num cenário de instabilidade prolongada, onde a guerra civil no Iémen e a influência externa vêm agravando o conflito. Instituições internacionais e analistas alertam que o aumento da ação militar pode ter consequências a nível regional e global, elevando o risco de uma escalada de violência que impacte tanto a população civil como a infraestrutura do país.

Ademais, a comunidade internacional insiste na necessidade de se retomar o diálogo diplomático para pôr fim à conturbada situação, evitando que a dinâmica militar se perpetue e amplie o sofrimento humanitário.

Face a este panorama, os decisores políticos dos EUA enfrentam o desafio de equilibrar a demonstração de força com a obrigação de proteger vidas e evitar danos colaterais significativos. O impacto económico e humanitário desta escalada de confrontos permanece como uma das principais preocupações dos órgãos de segurança internacionais, que acompanham de perto os desdobramentos deste episódio e as suas repercussões para a estabilidade regional.

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