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É tempo de inaugurar uma nova era em Idanha-a-Nova

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Enquanto o circo mediático se adensa na “casa grande”, tendo como pano de fundo recentes notícias sobre velhos assuntos, em que são actores principais os protagonistas de sempre, a vida transcorre serena nas pacatas vilas e aldeias do concelho de Idanha-a-Nova. Mas se é verdade que a vida transcorre serena no nosso território, não é menos certo que as gentes das nossas terras começam a aborrecer destas novelas, cujo tema central é invariavelmente o mesmo há décadas: suspeitas várias de fraude na obtenção de subsídios ou subvenção, de peculato, de participação económica em negócio, de falsificação de assinaturas, eventualmente, de corrupção, de gestão danosa, de favorecimento, de prevaricação, etc. etc.

Entretanto, os pequenos pormenores da vida das pessoas, da gente simples e pacatas das nossas localidades, as coisas aparentemente pouco importantes (só aparentemente, entenda-se), são relegadas para um plano muito secundário de todo este teatro, e só a muito custo as objectivas, os holofotes e os microfones lhe dispensam a atenção devida. Por isso, o problema da falta de assistência médica e de cuidados de saúde continua por resolver. O saneamento e o abastecimento de água continuam a dar que falar. Os transportes são insuficientes para as necessidades das pessoas, que precisam de se deslocar dentro e fora do concelho. A falta de uma política urbanística reflecte-se no abandono e na ruína dos cascos históricos e na ausência de um parque habitacional adequado às necessidades efectivas.

As instituições privadas de solidariedade social enfrentam sérias dificuldades de sobrevivência, sem que com elas se estabeleçam acordos de parceria, que garantam toda a assistência, carinho e conforto que os nossos idosos tanto merecem. Os jovens das nossas aldeias não dispõem de equipamentos, nem de acompanhamento educacional e ocupacional adequado, em igualdade de circunstâncias com os jovens dos meios urbanos. Onde estão as bibliotecas, as salas de estudo, o acesso a meios tecnológicos e recursos informáticos para a nossa juventude? Enfim, são tantos e tão prementes os problemas com que se confrontam as nossas terras e as nossas gentes, que é de admirar a displicência e desinteresse que os mesmos merecem por parte de quem nos governa, ou deveria governar. Por isso, é ver os principais responsáveis políticos, quer do executivo, quer da oposição, a travar duelos inúteis e improdutivos, disputando a atenção da imprensa e da televisão, ao invés de apresentarem respostas e propostas concretas para proporcionar, mais qualidade de vida às pessoas.

E qualidade de vida não é só poder respirar um ar mais puro, ou ter oportunidade de ver o céu estrelado, ou de ouvir os passarinhos pela manhã. Mesmo porque se isso dependesse dos nossos políticos, também todas essas coisas que a natureza dos oferece sem pedir nada em troca estariam seriamente comprometidas. Qualidade de vida é poder ver satisfeitas necessidades muito básicas, como abrir uma torneira e vê-la verter água, sem receio de que o abastecimento seja interrompido por completa obsolescência do sistema de distribuição, como acontece na minha aldeia, o Ladoeiro. Já o disse várias vezes, e não me canso de o repetir: a prossecução de interesses próprios das populações respectivas é uma obrigação que impende sobre as autarquias locais, cujas atribuições compreendem tudo o que diz respeito aos respectivos interesses, designadamente, a boa administração de bens próprios e sob a sua jurisdição, o fomento, o abastecimento público, a cultura e a assistência, a salubridade pública, para referir apenas asáreas mais relevantes.

Porém, tudo isso parece esquecer a esta classe de políticos, que querem impor e fazer sobrepor os seus próprios interesses às legitimas e mais básicas aspirações das pessoas. É tempo de dizer chega, de abandonar estes paradigmas esgotados, de romper com os esquemas instalados, e de inaugurar uma nova era no nosso concelho, que devolva a esperança há tantos anos roubada pelos mesmos do costume, que alternadamente se instalam e acomodam na cadeira do poder.

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Pedro Rego
Pedro Rego
Advogado. Escreve artigos sobre diversas temáticas para o jornal ORegiões.

1 COMENTÁRIO

  1. Ainda não entendo sou um cidadão nascido e criado na freguesia do ladoeiro conselho de idanha_a_nova onde pago os meus impostos e ter de pagar a água da torneira mais cara por ter uma casa em Lisboa sr presidente tenha paciência mas sou um cidadão desta freguesia deste conselho

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