Após praticamente três anos de rigorosas medidas decorrentes da epidemia de COVID-19, que a elevada densidade populacional e as insuficiências dos serviços de saúde para fazer face a um eventual surto de larga escala tornaram imperiosas, Macau volta a abrir ao turismo. E assim sendo, decidiu o governo da RAEM escolher Portugal e Lisboa para o lançamento da primeira acção de dinamização, com a visita do Chefe do Executivo, acompanhado de larga comitiva de membros do mesmo, bem como de empresários, a dar cunho oficial à iniciativa.
Para o grande público, com o âmbito e intenção detalhadamente referidos por Maria Helena de Senna Fernandes, Directora dos Serviços de Turismo de Macau, esteve patente na Praça do Comércio, de 15 a 22 de Abril (com inauguração oficial dia 19), uma exposição com stands dos vários departamentos da área do turismo e comércio, assim como das várias operadoras do sector do jogo no território. Em complemento, atraindo sempre elevado número de visitantes, portugueses e, naturalmente, muitos turistas estrangeiros, tiveram lugar 4 exibições por dia dum espectáculo de luzes, constituído por projecção de vídeo na fachada dos edifícios e Arco da Rua Augusta.
Macau continua a merecer uma visita, ou revisita. Pelo que oferece em termos de património, construído e cultural, mas também como exemplo único de evolução, positiva ou negativa consoante a sensibilidade e subjectividade de quem faz a apreciação, mas fruto inegável dum crescimento económico que, impulsionado essencialmente pela indústria do jogo, não se limita a tal aspecto. Assim haja capacidade, que não depende apenas de quem governa, para serem agarradas as oportunidades que a integração numa região em explosivo desenvolvimento abrem em todas as frentes. E de abertura falando, constitui para o visitante ocasional a oportunidade para atravessar a fronteira e, mesmo com o visto restrito possível de aí ser obtido, “provar” um pouco do que a Grande China tem para oferecer.
Viajar é preciso…