Nos últimos tempos, surgiram rumores insinuando que as minhas crónicas de opinião estariam ao “serviço” da política do Movimento Independente Sempre. Quero esclarecer de forma inequívoca que nem eu, nem o jornal OREGIÕES, estamos ao serviço deste, do PSD, PS, ou de qualquer outro partido. Em primeiro lugar, porque não sou político, sou jornalista. E quando escrevo a minha opinião crítica sobre os autarcas do distrito de Castelo Branco, faço-o também como cidadão, com “olhos de ver, ouvidos de ouvir e boca para falar”.
A minha intenção é dar voz ao descontentamento de muitos cidadãos albicastrenses. Através das minhas crónicas, exponho o meu desagrado, que reflete o de muitos outros. No jornal OREGIÕES, todas as opiniões dos colaboradores, sejam com ideologia de esquerda, centro ou direita, são respeitadas e publicadas sem censura em democracia. O OREGIÕES pratica um jornalismo independente e valoriza cada ponto de vista nas crónicas de opinião dos seus colaboradores.
Como diretor, utilizo o meu espaço para criticar de forma construtiva, apontando tanto os aspetos positivos como os negativos da governação. A meu ver, o atual executivo da câmara albicastrense não tem conseguido resolver os problemas de muitos que não votaram neles, mas também de muitos que votaram, mas que não fazem parte do círculo viciado de nepotismo e são cidadãos comuns que veem a cidade mergulhada no caos e sem gerar economia, devido à incapacidade da gestão atual.
Por acaso, esta administração é do PS, mas a minha crítica seria a mesma se fosse de outro partido ou movimentos independentes, caso demonstrassem a mesma falta de atitude na concretização das suas promessas. A crítica é dirigida à figura do presidente enquanto líder e à sua gestão, não ao partido em si. A minha função como jornalista e cidadão é denunciar e criticar quando a administração falha em cumprir as suas responsabilidades para com a população.
Recebi muitos recados de alguns autarcas da mesma cor partidária deste presidente da câmara de Castelo Branco, que cortaram a publicidade ou iriam repensar manter se não parasse, dizendo descaradamente que os meus textos incomodam dois ou três autarcas e ex-autarcas. Na mente destas pessoas, há gente intocável na região de Castelo Branco. Para eles, posso afirmar que para mim não há intocáveis, porque não me amedrontam. Se tiverem problemas, o tribunal é o local onde se pratica a justiça. No jornal OREGIÕES, apenas informamos e privilegiamos a crónica de opinião para chamar a atenção e ser a voz de quem não a tem. Não tentem silenciar a voz que incomoda, porque o jornal em linha OREGIÕES – Jornalismo Independente é um projeto que se destaca por não ser megafone de políticos que pensam que estão acima da lei. Porque não estão.
A dificuldade de ter uma redação do jornal com âmbito nacional e internacional, com lusofonia, e dar destaque ao que se passa no local-regional, descentralizada no interior e em Castelo Branco, tem destas coisas. Estamos expostos e dentro do epicentro local, onde não aceitam a crítica e tentam fazer sufoco com atitudes de autênticos caciques com ameaça de retirar apoios publicitários, esquecendo estes, que também procuramos levar a voz desde o interior ao poder central das dificuldades inerentes a este território da Beira Baixa e de todo o interior.
Ressalvo, aqui também, que existem autarcas com traquejo e postura política no interior e, que têm uma atitude de louvar, que ajudam todos os meios de comunicação social e muitas das vezes também estes serem alvos de notícias menos boas com a sua gestão ou pessoa enquanto membro político. Ao pagarem para publicitar os seus eventos, sabem que estão a contribuir para poder haver uma comunicação social livre e independente.
É fundamental que os leitores entendam que a independência jornalística é crucial para o funcionamento saudável da democracia. O compromisso do OREGIÕES com a verdade e a imparcialidade garante que todas as vozes sejam ouvidas e que o jornalismo continue a ser um pilar com liberdade de expressão e justiça na nossa sociedade.
A independência dos jornalistas não é apenas um ideal a ser aspirado; é uma necessidade imperativa. Quando a imprensa é livre de pressões externas, políticas ou económicas, pode cumprir o seu verdadeiro papel de vigilância da sociedade e dos poderes instituídos. Sem esta liberdade, corremos o risco de cair numa espiral de desinformação e manipulação, onde a verdade é suprimida e os interesses de uns poucos prevalecem sobre os direitos de muitos.
Por isso, reafirmo o compromisso do jornal em linha OREGIÕES com a independência e a verdade. Continuaremos a ser uma voz ativa e crítica, denunciando injustiças e promovendo a transparência. A nossa missão é servir a comunidade com honestidade, sem ceder a pressões ou ameaças. A independência jornalística não é apenas um valor, é a espinha dorsal da nossa democracia.