O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, solicitou esta segunda-feira uma reunião com caráter de urgência à nova ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, na sequência da crescente sensação de insegurança vivida na capital.
Num ofício enviado à responsável pela pasta da Administração Interna, Moedas manifesta a sua “profunda preocupação” com a “situação de insegurança e violência” registada nos últimos tempos em Lisboa, pedindo uma resposta célere e eficaz para enfrentar os problemas que afetam a cidade.
“Devido à situação de insegurança e violência vividos nos tempos mais recentes na cidade de Lisboa, serve a presente para solicitar (…), com caráter de urgência, uma reunião”, lê-se no documento enviado pelo autarca.
Moedas pretende discutir “medidas com efeitos imediatos que possam responder aos problemas de forma eficaz”, apelando a uma atuação conjunta que una esforços entre o Governo e o município.
Na carta, o presidente da Câmara de Lisboa começa por felicitar Maria Lúcia Amaral pela recente nomeação, destacando a sua “vasta experiência” e classificando-a como “uma fonte de esperança” perante os desafios que Lisboa enfrenta no domínio da segurança.
O autarca defende que estas questões devem ser tratadas com “uma visão humanista, mas ao mesmo tempo realista das necessidades que uma capital como Lisboa enfrenta”. Reconhecendo que a autarquia não tem competências diretas em matéria de segurança, Carlos Moedas reafirma, no entanto, a total disponibilidade da câmara para colaborar com o Ministério da Administração Interna.
O edil lisboeta tem insistido na necessidade de reforçar o policiamento de proximidade, alertando para o aumento da perceção de criminalidade entre os cidadãos. Já em ocasiões anteriores, Moedas solicitou ao anterior titular da pasta do MAI o reforço da PSP na cidade e o alargamento dos poderes da Polícia Municipal.
Entre as propostas já apresentadas por Moedas está também a instalação de sistemas de videovigilância em zonas como Martim Moniz, Mouraria, Arroios, São Domingos de Benfica e Avenida da Liberdade – áreas onde se tem registado maior preocupação com a segurança pública.
Lisboa conta atualmente com 64 câmaras de videovigilância ativas, número que o executivo municipal considera insuficiente para cobrir as zonas mais críticas da cidade.
A cidade de Lisboa, que tem registado episódios recorrentes de violência, confronta-se com desafios crescentes na gestão da segurança urbana. A reunião solicitada por Carlos Moedas surge assim como um apelo urgente à articulação entre Governo e autarquia, num esforço conjunto para restaurar a tranquilidade e a confiança dos lisboetas.