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Morreu “O Chacal” Frederick Forsyth

Frederick Forsyth, autor britânico de clássicos como «O Chacal» (ora adaptado pela Netflix) e antigo agente dos serviços secretos britânicos, morreu esta terça-feira aos 86 anos, após um curto período de doença, confirmou a família em comunicado

A sua morte encerra uma carreira de mais de meio século dedicada à escrita e ao jornalismo, com passagens marcantes pela Reuters e pela BBC, antes de trabalhar, durante cerca de vinte anos, ao serviço do Serviço Secreto de Inteligência do Reino Unido (MI6). Forsyth soube como poucos transformar vivências reais em ficção de alta tensão, ajudando a definir o género do thriller político contemporâneo.

Nascido em Ashford, Kent, em 1938, Frederick Forsyth começou por ser correspondente internacional, experiência que marcou profundamente a sua obra. Foi em Paris, nos anos 60, que recolheu material para «O Chacal» — o romance com que se estreou na ficção e que escreveu em apenas 35 dias, enquanto estava desempregado. Rejeitado por várias editoras, o livro viria a ser publicado em 1971, tornando-se um sucesso global, adaptado ao cinema e traduzido em dezenas de línguas.

Seguiram-se outros títulos marcantes como «Os Cães de Guerra», «O Dossiê Odessa» ou «O Quarto Protocolo», todos com enredos meticulosamente construídos, assentes em rigor documental e experiência directa nos bastidores do poder e da espionagem.

Apesar do sucesso como romancista, Forsyth manteve sempre uma distância crítica em relação ao mundo literário. Em 2015, revelou publicamente a sua colaboração com o MI6, dizendo-se «aliviado» por já não ter de manter segredo sobre uma parte significativa da sua vida.

A sua escrita, directa, informada e altamente cinematográfica, influenciou gerações de leitores e autores. Ao longo da carreira, vendeu mais de 70 milhões de livros em todo o mundo.

Frederick Forsyth deixa três filhos e um legado inconfundível no panorama da literatura de espionagem e do thriller político, marcado pela intersecção entre factos e ficção. A sua obra continuará a ser lida como uma janela para os bastidores do século XX — onde a linha entre a realidade e a intriga nunca foi totalmente clara.

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