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Castelo Branco

O país dos doutores da mula ruça

Na vizinha Espanha, vemos os profissionais com graus académicos, mas em trato de “tu cá, tu lá”, ou seja, pelo nome de nascimento e que consta no Cartão de Cidadão!

Do lado de cá da fronteira, os portugueses com os mesmos graus académicos, valorizam a ostentação dos mesmos, mostrando pouco profissionalismo com “arte do pavoneio” em muito desprovido e com fraca dedicação profissional.

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Vão desde os políticos ao simples e comum funcionário público:

“Allo, o fulano beltrano está?” Do lado de lá da linha, a telefonista faz ouvidos de mercador – “Como? O DOUTOR beltrano hoje está em serviço exterior e volta mais tarde, quer deixar recado ou marcar entrevista com o doutor beltrano?” Aqui nós também fazemos de conta que não percebemos e insistimos na falta de trato do doutor. “Não, deixe estar, não incomode o fulano beltrano”. É assim em todo os sítios, não pela competência do fulano beltrano, mas sim pelo título “doutor da mula ruça”, imposto pelo próprio e colocado na ficha de contactos da telefonista como DR!

O país dos doutores da mula ruça
DR

Quando recebemos um e-mail de uma Câmara, enviado por uma suposta secretária com experiência em datilografia e profissional de secretariado – “Bom dia, caro senhor, cabe a este serviço informar que a Senhora vereadora, Professora e Doutora -, só falta mencionar o resto do CV e talvez os afins da (in)competente senhora vereadora na política local, aqui vemos também o estado em que os “doutores também são da mula ruça”, funcionários compactuam com esta palhaçada instaurada nos serviços públicos com galões feitos de prata de maço de cigarros.

A alusão a estes tratamentos

(…) poderia ser natural se os (in)competentes “Doutores da mula ruça” tivessem a competência profissional ao nível do título ostentado pelo próprio, mas não, são só de pura vaidade e com mau profissionalismo, pois em muitos casos o título DR nem sequer é da área profissional e atuante ao serviço praticado pelo mesmo – aqui até o desempenho será melhor pela experiência de um funcionário na área com anos de serviço mas sem o ” DR da mula ruça”, pois estes já o adquiriram à posteriori numa universidade de domingo ou em saldos “vizinha Salamanca”, para assim se vestirem, como se de uma toilette completa de bem vestir se tratasse – “DR de mula ruça” – ao fim de semana para se pavonear perante os leigos trabalhadores rurais das nossas aldeias do interior – aqui, estes lhes mostram as suas mãos calejadas, mas com a sabedoria de quem sabe plantar para comer e dar a comer a estes “Doutores da mula ruça” com (DR), mas ignorantes no seu todo intelecto!

O PAÍS OSTENTADO PELOS “DOUTORES DA MULA RUÇA” COMO FRACOS, MANGAS DE ALPACA E SEM INTELECTO, MAS PROVIDOS DE “TÍTULOS DE ENSINO ADQUIRIDOS EM SALDO” – uma força de inaptos cada vez mais em crescimento sem perceberem nada de nada, apenas com o propósito de vaidade e com a inóspita e falta de competência profissional nos cargos onde estão colocados como funcionários para servirem o público em geral, mas com o título de ” doutores da mula ruça”!

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Fernando Jesus Pires
Fernando Jesus Pires
Jornalista há 35 anos, trabalhou como enviado especial em Macau, República Popular da China, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coréia do Sul e Paralelo 38, Espanha, Andorra, França, Marrocos, Argélia, Sahara e Mauritânia.

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