Apuros para Bloco de Esquerda e PAN, nesta sondagem final do IST com OREGIOES. A entrada para o Parlamento está condicionada ao voluntarismo dos eleitores – se fazem voto útil no PS ou se mantém a preferência nos partidos originais.
O PSD deve ganhar as eleições de domingo, 18 de Maio, com um resultado acima das Legislativas de 2024, mas ainda assim, e mesmo coligado com a Iniciativa Liberal, não dá para uma maioria absoluta no Parlamento. Ou Luís Montenegro retira o “não, é não” ao Chega ou terá de voltar a negociar com o PS os Orçamentos para a legislatura. No fundo, embora o PSD (a AD) se reforce, nada muda de substancial nestas eleições.
O Livre, esse sim, parece ter motivos para cantar: ultrapassa PAN, BE e CDU e coloca-se como quinto partido mais votado, ou o segundo mais votado à esquerda. Um discurso moderado e uma campanha centrada em Rui Tavares deram resultado. Já o simpático líder do PCP e da CDU, Paulo Raimundo, embora recolha opiniões positivas em todas as sondagens sobre “simpatia”, não consegue arrastar a coligação dos 3,1 por cento, o que lhe dá um resultado onde pode perder um, manter ou ganhar um. Tudo depende de quem sai para votar e em que distrito. O Bloco afunda-se, mantendo os dois por cento à tona de água. Em extinção parece estar o PAN, com Inês de Sousa Real a desaparecer devagarinho para valores que não dão como certa a sua eleição.
Já o PS, com Pedro Nuno Santos arrisca um dos piores resultados eleitorais do Largo do Rato. As facas longas já se afiam na casa cor-de-rosa, mas Nuno Santos deve manter-se, pelo menos, até às Autárquicas – que serão um verdadeiro berbicacho para o partido, como se verá.
Assim sendo, usemos a velha expressão: “Tudo como dantes, quartel-general em Abrantes”.
