As receitas do turismo cresceram no primeiro trimestre. A hotelaria registou mais de 5 milhões de hóspedes no primeiro trimestre do ano, atingindo-se os 13 milhões de dormidas. Os proveitos totais cresceram mais de 4% para perto de mil milhões de euros.
A atividade turística no país cresceu em número de hóspedes, mas caiu em termos de dormidas no primeiro trimestre do ano, tendo-se registado um aumento dos proveitos gerados, de acordo com os resultados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
No alojamento turístico, registaram-se mais de 5 milhões de hóspedes durante o primeiro trimestre do ano, em termos homólogos, avançou o INE.
“O setor do alojamento turístico registou 5,7 milhões de hóspedes e 13,4 milhões de dormidas no 1.º trimestre de 2025, correspondendo a variações de +2,3% e de -0,5%, respetivamente (+6,6% e +4,6%, pela mesma ordem, no 4.º trimestre de 2024) “, refere o INE.
Estes hóspedes terão permitido gerar 956 milhões de euros de proveitos totais e perto de 700 milhões de euros de proveitos de aposento. Trata-se de um aumento de 4,9% e de 4,3%, respetivamente, face aos primeiros três meses de 2024.
“No 1.º trimestre de 2025, foi retomada a trajetória de abrandamento do crescimento dos proveitos iniciada no 1.º trimestre de 2024 e que apenas foi interrompida no 4.º trimestre do ano anterior”, sublinha o INE.
Entre os diferentes tipos de alojamento turístico, as dormidas em alojamentos locais foram as únicas a registar um decréscimo.
“As dormidas na hotelaria (82,5% do total) registaram um ligeiro aumento (+0,1%). As dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 14,5% no total) decresceram 3,8% e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 3,0%) aumentaram 2,3%”, refere o comunicado do INE.
Por regiões, a Grande Lisboa concentrou mais dormidas no primeiro trimestre (28,3% do total), seguida do Algarve (18,6% do total) e do Norte (18,0%).
As dormidas de residentes concentraram-se mais no Norte (24,0% do total) e as dos não residentes ocorreram, principalmente, na Grande Lisboa (32,9% do total).
Houve regiões que se destacaram positivamente face a outras, com destaque para as ilhas.
“As dormidas de residentes registaram o aumento mais expressivo na RA Madeira (+21,2%). O Algarve e o Oeste e Vale do Tejo foram as únicas regiões com diminuições das dormidas de residentes (-5,9% e -3,0%, respetivamente)”, indica o estudo.
Já no que toca a não residentes, as dormidas “registaram os maiores crescimentos na RA Açores (+8,0%) e na Península de Setúbal (+7,7%)”. Já a maior diminuição “observou-se no Centro (-10,3%)”.
Nas dormidas, a capital portuguesa manteve a liderança, apesar de se ter registado um recuo face ao mesmo período do ano passado. ” O município de Lisboa concentrou 23,6% do total de dormidas no 1.º trimestre de 2025, atingindo 3,2 milhões (-1,6%). As dormidas de residentes aumentaram 3,2% e as de não residentes recuaram 2,5%. Este município concentrou 29,2% do total de dormidas de não residentes no 1.º trimestre. “, acrescentou o INE.