O concelho de Idanha-a-Nova atravessa hoje uma crise sem precedentes, consequência das decisões de quem nos governou nos últimos anos.
Estão à vista de todos os resultados negativos das más decisões políticas de quem assumiu as rédeas da governação.
Pelas piores razões, Idanha-a-Nova é capa de jornais, e tema de destaque em programas de investigação jornalística, transmitidos em horário nobre nas televisões, fenómeno a que não escapa a própria oposição política, como revelam as mais recentes notícias, no caso das empresas do vereador José Gameiro, que vai ser investigado pelo Ministério Público e arrisca a perda de mandato.
Alguns dizem que há muito o modelo de governação de Armindo Jacinto se esgotou. Eu não concordo. Pelo contrário, eu afirmo que esse modelo esteve sempre errado, o que é tanto mais grave quando é certo verificar-se a persistência e teimosia em insistir numa estratégia que nunca levaria o concelho de Idanha-a-Nova a bom porto.
Tratou-se de um modelo que transformou o nosso território num producto de vendas e de marketing territorial, e que colocou o foco de todas as suas atenções em projectos cujo público-alvo não são os idanhenses, transformados em meros figurantes de encenações teatrais com títulos pedantes, como: IDANHA GREEN VALLEY; I-DANHA FOOD LAB ANNUAL EVENT; IDANHA MADE IN, entre outros.
Mas se o modelo adoptado pelos actuais responsáveis políticos se revela errado em toda a linha, da parte da oposição política presente no órgão executivo não se conhece uma única ideia estruturante para o concelho de Idanha-a-Nova. Não sabemos qual é a sua missão, quais são os seus objectivo, nem quais são os seus valores.
Diferentemente, é preciso apresentar à Idanha e aos idanhenses um modelo político concreto, centrado em fazer cumprir a principal incumbência da autarquia: que é satisfazer os interesses próprios das populações respectivas. Com isto eu afirmo que o nosso principal objectivo é trabalhar para as pessoas, junto das pessoas e falando a sua linguagem. Queremos que a preocupação essencial do Município sejam os idanhenses, e não supostos repovoadores, viajantes em busca de aventura, ou diletantes colecionadores de experiências e de caricaturas.
As circunstâncias dramáticas que o nosso concelho atravessa, exigem a apresentação de um programa político de urgência, onde claramente se estabeleçam medidas de intervenção prioritária, nas quais os idanhenses estejam sempre em primeiro lugar. Melhorar a vida das pessoas, restaurar a confiança, a credibilidade e a esperança no futuro, promover o crescimento económico, o emprego e a solidariedade social, são os nossos principais compromissos. Dentro deles, apoiar os nossos idosos e as instituições que os assistem, criar medidas de apoio às famílias e à natalidade, acompanhadas de programas destinados à habitação, e à educação, são o eixo central em torno do qual, em nosso entendimento, deve girar, no futuro próximo, toda a actividade do Município de Idanha-a-Nova. É justamente esse o compromisso que queremos assumir com todos os idanhenses.