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Dia de S. Valentim: Origem histórica e Desafios

Hoje, dia 14 de Fevereiro, comemora-se o Dia de S. Valentim. Uma rotina anual que nos faz lembrar que é um dia especial que pode ser dedicado ao parceiro(a), companheiro(a), amigo (a)

Em alguns países este dia é chamado Dia de São Valentim. Uma data especial e comemorativa na qual se celebra a união amorosa entre casais e namorados.

Neste dia também é dia de demonstrar afeição entre amigos, sendo comum a troca de cartões e presentes com símbolo de coração, tais como as tradicionais caixas de bombons. Em Portugal e em Angola, assim como em muitos outros países, comemora-se no dia 14 de Fevereiro.

Segundo a história, a origem desta data remonta à Roma antiga, a um dia festivo de dois mártires cristãos diferentes, um de nome Valentim (padre de Roma  que foi condenado à pena capital no século III).  Anos depois foi homenageado e tornado « santo» , Valentim. Valentim desafiou um decreto imperial que proibia casamentos durante o período de guerra. Valentim, um sacerdote cristão, continuou a realizar casamentos em segredo, acreditando no poder do amor e do compromisso matrimonial. Por sua desobediência, ele foi preso e, posteriormente, executado em 14 de fevereiro de 269 d.C.

Noutro registro histórico este dia tem relação a um a antigo festival romano chamado Lupercália, que se realizava no dia 14 de fevereiro. A festa celebrava a fertilidade homenageando Juno (deusa da mulher e casamento) e Pan  (deus da natureza) . Também marcava o início oficial da primavera.

Na Idade Média, dizia-se que o dia 14 de fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros. Por isso, os namorados da Idade Média usavam esta ocasião para deixar mensagens de amor na soleira da porta do(a) amado(a).

 No Brasil, o Dia dos Namorados foi criado pelo publicitário João Doria, sendo comemorada no dia 12 de junho por ser véspera do 13 de junho, Dia de Santo António, santo português com tradição de casamenteiro.

A tradição do dia de S. Valentim, na sua forma moderna como conhecemos atualmente, surgiu em 1840, nos Estados Unidos, depois que Esther Howland ter vendido US$ 5 000 em cartões do Dia dos Namorados, uma quantia elevada na época. Desde então, a tradição de enviar cartões continuou a crescer, e no século XX espalhou-se mundialmente.

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Nos tempos que correm e com o advento das redes sociais e aplicativos de namoro, as formas como as pessoas expressam amor e conexão também evoluiu. Casais podem enviar mensagens instantâneas, compartilhar fotos e vídeos, e até mesmo participar de encontros virtuais, conectando-se de maneiras que eram impensáveis em gerações passadas.

 

Apesar da tecnologia facilitar a comunicação, também pode criar desafios para os relacionamentos. A pressão para manter uma presença online perfeita e a tentação de comparar relacionamentos com os de outros podem aumentar o stress e a ansiedade uma vez que a tendência é apreciar as belas fotografias de belas viagens de outros casais, que por vezes não são tão felizes assim, apenas colocam o melhor dos relacionamentos nas redes sociais, criando uma ilusão de perfeição,  um ideal de relacionamento, que inevitavelmente será usado como termo comparativo.

Vivemos num mundo de aparências  e  o meio virtual é terreno fértil para esta ilusão. Mostram-se casais perfeitos, vidas perfeitas, deixando o comum ser humano, de classe média e abaixo, de rastos almejando um relacionamento perfeito, uma vida perfeita.

Considero este  um dos maiores desafios atuais da humanidade. Ter a capacidade de vencer o Mundo Virtual. E como fazer? Não há outra forma senão simplesmente….. DESLIGAR.

Deligar dos écrans de telemóvel, dos écrans de computadores. Deixar de ver imagens de viagens numa tela. Deixar de sonhar com o inalcançável. Para quê perder tempo a sonhar com algo que sabemos à partida que não é possível realizar. Porque não olhar à nossa volta, perceber a nossa realidade e com a realidade que temos, tirar o melhor partido? Porque não em vez de lamentar a impossibilidade de grandes viagens, passear nem que seja no campo ao lado da cidade. Porque no fundo a felicidade não está em grandes viagens, isso se chama CONSUMISMO. A felicidade habita dentro de nós e na capacidade que temos de nos relacionar com o outro. De pequenas coisas lhes darmos importância positiva.

Em vez de deixar escapar este dia ( e porque não outros dias também)  olhando para écrans e tentar comparar a vida dos outros, viver a própria vida, com mais positividade possível, dentro da sua realidade, com parceiro/a,  companheiro(a), amigo (a). A isto eu realmente chamo Verdadeira Qualidade de Vida.

Considero então que os relacionamento atuais vivem uma pressão social enorme com a ilusão da perfeição. Casais felizes são os que vivem o aqui e agora, não deixando escapar oportunidades, mesmo que seja de forma simplista.

Relembro uma frase também cliché,  que é «na simplicidade que está a perfeição e a beleza». Tudo o resto são só adornos que em demasia podem efetivamente estragar.

Assim sendo desejo que todos os casais, amigos, companheiros, colegas vivam o dia de hoje de forma verdadeiramente genuína. Partilhem-se ! E deixem os écrans de lado. Salvo claro, se as distâncias não o permitirem!

Feliz Dia Dos Namorados!

 

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Anabela Beirão
Anabela Beirão
Apresentadora do ORegiões web tv e compositora de genéricos musicais para ORegiões. Professora de música e terapeuta holística. Colabora semanalmente com seus artigos de opinião e crónica.

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