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AIMMAP Critica Falta de Resposta do IAPMEI e Alerta para Baixos Níveis de Execução do PRR

A Associação dos Industriais Metalúrgicos e Metalomecânicos (AIMMAP) expressou preocupação com a falta de resposta do IAPMEI às empresas envolvidas nas agendas mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), alertando para a possibilidade de os níveis de execução serem “muito baixos”.

Foto: Renascença -Sapo – Rafael Campos Pereira, vice-presidente executivo da AIMMAP

“Não critico a administração do IAPMEI, que tem sido colaborante e construtiva. Contudo, a estrutura e a máquina não estão a dar resposta”, afirmou Rafael Campos Pereira, vice-presidente executivo da AIMMAP, em entrevista à agência Lusa.

Rafael Campos Pereira destacou que as empresas necessitam de esclarecimentos sobre diversas questões devido à excessiva burocracia, previsões inadequadas e inúmeras dúvidas. “As empresas perguntam como proceder, mas não obtêm as respostas necessárias”, referiu.

Neste contexto, o vice-presidente da AIMMAP revelou que algumas empresas já desistiram dos projetos relacionados com as agendas mobilizadoras do PRR e outras estão a considerar fazer o mesmo devido à falta de respostas e à impossibilidade de superar a burocracia a tempo. “Estamos a perder muito tempo e temo que os índices de execução sejam muito baixos”, alertou.

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O setor metalúrgico e metalomecânico saúda o regresso da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) à alçada do Ministério da Economia, considerando que esta medida pode eliminar alguns constrangimentos. “Foi sensato que a AICEP estivesse no Ministério dos Negócios Estrangeiros e na Presidência do Conselho de Ministros quando se tentou reforçar a diplomacia económica. Hoje, temos um estado de maturidade maior e o retorno da AICEP ao Ministério da Economia é uma boa medida”, afirmou Rafael Campos Pereira.

Relativamente ao novo presidente da AICEP, Ricardo Arroja, que substitui Filipe Santos Costa, o dirigente da AIMMAP manifestou as “melhores expectativas”.

No que toca aos projetos de descarbonização, Rafael Campos Pereira referiu que o setor tem várias iniciativas em curso e está a avançar. “O nosso setor está envolvido em medidas de economia circular, ‘ecodesign’, eficiência energética e descarbonização, e há várias iniciativas nas empresas visando esses objetivos”, afirmou.

Além disso, a AIMMAP tem promovido ações de capacitação para as empresas responderem a estas exigências, assim como diversos ‘workshops’ para disseminar esta mensagem a um número crescente de empresas. “Queremos reduzir o peso dos combustíveis fósseis na nossa atividade produtiva”, disse, explicando que o setor da metalurgia e metalomecânica é heterogéneo, mas que a principal parte da indústria não é tão intensiva em energia como frequentemente se pensa.

“Algumas empresas já estão bastante descarbonizadas, quer por natureza, quer pela evolução desenvolvida. O nosso setor não é dos mais preocupantes nesta área, mas estamos empenhados em reduzir o peso dos combustíveis fósseis na nossa indústria”, concluiu Rafael Campos Pereira.

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