O Juízo Local Criminal de Castelo Branco condenou Bruno Lourenço, o antigo fundador do Grupo Progresso Saúde, pelo crime de insolvência dolosa da farmácia Higiene – Amatus Lusitanus. A sentença inclui uma pena de três anos e seis meses de prisão, suspensa por quatro anos mediante o pagamento de 200 mil euros ao Estado. Além disso, Bruno Lourenço foi inibido de exercer funções de administração em empresas por um período determinado
O julgamento, que se desenrolou ao longo de vários meses, revelou graves irregularidades na gestão financeira da empresa. O Tribunal concluiu que o empresário agiu deliberadamente para causar a insolvência da cadeia de farmácias, prejudicando credores e funcionários. Durante as audiências, foram apresentados documentos e testemunhos que comprovaram a intenção do antigo proprietário em ocultar ativos e aumentar passivos, visando beneficiar-se pessoalmente em detrimento da viabilidade financeira da empresa.
O processo judicial expôs um esquema de manipulação das contas e desvio de fundos que levou à falência da Farmácia Higiene – Amatus Lusitanus. A condenação inclui ainda a devolução de parte dos valores desviados, destacando a importância da transparência e da responsabilidade na gestão empresarial. Este caso serve de alerta para outros empresários sobre as consequências legais e morais de práticas fraudulentas.
A condenação foi recebida com um misto de alívio e frustração pelos antigos funcionários e credores das Farmácias Progresso, que enfrentaram dificuldades financeiras significativas devido à gestão imprudente e desonesta do antigo proprietário. A decisão do Tribunal representa um passo importante na luta contra a corrupção e a má gestão empresarial em Portugal.
Este caso sublinha a necessidade de uma fiscalização rigorosa e de mecanismos eficazes para prevenir e punir crimes económicos, garantindo assim a proteção dos interesses de trabalhadores, credores e da economia em geral.