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António Costa dado como certo para o Conselho Europeu

António Costa está ainda mais perto de se tornar presidente do Conselho Europeu. Só falta mesmo a eleição pelos líderes na cimeira, que deverá acontecer na quinta-feira. O trio de famílias políticas (socialistas, liberais e Partido Popular Europeu) já chegou a acordo para a divisão dos principais cargos e confirma-se o apoio a António Costa para o Conselho Europeu, a continuação de Ursula von der Leyen a presidir à Comissão Europeia e a escolha de Kaja Kallas para alta-representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança.

Kaja Kallas para alta-representante da UE para os Negócios Estrangeiros
Foto: Virginia Mayo/Copyright 2023 – Kaja Kallas

António Costa já tem luz verde para liderar o Conselho Europeu. De acordo com fontes citadas pela Reuters, as negociações entre as três famílias políticas europeias chegaram a bom porto e já há acordo sobre os cargos de topo na União Europeia. Assim, Ursula von der Leyen vai ser reconduzida para um segundo mandato à frente da Comissão Europeia e Kaja Kallas, primeira-ministra da Estónia, será a chefe da diplomacia europeia.

Os seis negociadores que chegaram a acordo esta terça-feira foram o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk (pelo Partido Popular Europeu), o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, o chanceler alemão, Olaf Scholz, (pelos socialistas), o presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro holandês Mark Rutte (para os liberais).

A decisão ainda terá de ser ratificada na próxima reunião entre os líderes europeus a 27 de junho, depois de, no primeiro encontro informal, em Bruxelas, não ter sido possível chegar a acordo. Segundo fontes europeias, de acordo com a Lusa, os negociadores chegaram a acordo partidário (que é preliminar) sobre estes nomes após uma reunião por videoconferência na segunda-feira à noite, que incluem também o de Roberta Metsola, que deverá ser reconduzida no cargo de presidente do Parlamento Europeu, apesar de não fazer oficialmente parte do pacote, por não ser escolhida pelo Conselho Europeu.

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António Costa contava desde o início com o apoio de Olaf Scholz e Pedro Sánchez, os principais negociadores dos socialistas. Pelo caminho houve ainda a sugestão do Partido Popular Europeu (PPE), que não agradou aos socialistas do S&D, de dividir em dois o mandato de cinco anos de presidente do Conselho Europeu entre os dois maiores grupos políticos em Estrasburgo. Caso essa hipótese tivesse singrado, seria uma “meia vitória” para António Costa.

Kaja Kallas era a candidata liberal favorita ao cargo de alta-representante da UE para a política externa, mas a eleição de Mark Rutte para secretário-geral da NATO, depois de a Roménia desistir, estava a pesar no desfecho das negociações.

Já Ursula von der Leyen esteve cinco anos à frente da Comissão e conseguiu esta terça-feira assegurar mais cinco. Inicialmente, as contas pareciam fáceis e a recondução era dada como garantida, mas as semanas de campanha criaram um mal-estar entre a spitzenkandidat do PPE e os socialistas.

Para ser reconduzida como presidente da Comissão Europeia, a spitzenkandidat do PPE precisa não só de ser um nome consensual entre os 27 Estados-membros – uma etapa aparentemente superada – mas também obter, pelo menos, 361 votos no Parlamento Europeu. Mesmo que consiga convencer os socialistas no hemiciclo, entre o PPE e PES estão reunidos 326 votos. Acrescentando os dos liberais (80 eurodeputados), este total sobe para 406. Mas não será certo que todos os eurodeputados tenham o voto alinhado.

Apoios de Marcelo e de Montenegro

Marcelo Rebelo de Sousa,  Aguiar Branco e Luís Montenegro já manifestaram o seu contentamento com a mais que certa nomeação de António Costa. Aliás, o primeiro-ministro Luís Montenegro defendeu há uma semana que o nome de António Costa para o Conselho Europeu “reúne todas as condições para ser aceite” na cimeira da próxima semana, após ter garantido aos seus homólogos “apoio inequívoco” de Portugal à nomeação.

O primeiro-ministro reiterou perante os seus homólogos europeus “de forma absolutamente inequívoca o apoio de Portugal, do Governo português, da Aliança Democrática” à candidatura do ex-primeiro-ministro português para sucessor de Charles Michel.

Entretanto, esta segunda-feira,  o ministro dos Negócios Estrangeiros veio reafirmar que a candidatura de António Costa para o Conselho Europeu continua bem encaminhada, mas advertiu que é preciso continuar a trabalhar até à reunião desta semana.

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