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António Costa pode ser o sucessor de Charles Michel

“As coisas vão na direção certa” para a nomeação de Costa, para o Conselho Europeu, assim como de Von der Leyen, para a Comissão Europeia, e Metsola, para o Parlamento Europeu. António Costa tem o apoio claro do chanceler alemão, Olaf Scholz, e do chefe do Governo espanhol, que tem estado ativamente a fazer contactos com outros líderes europeus para que o ex-primeiro-ministro português possa voltar a ter assento nas cimeiras europeias, desta vez a presidi-las.

Esta segunda-feira, os líderes da UE – incluindo o chefe de Governo português, Luís Montenegro – reúnem-se num jantar informal em Bruxelas para debater o próximo ciclo institucional, uma semana depois das eleições europeias, que deram vitória ao Partido Popular Europeu (PPE), seguido dos Socialistas e Democratas (S&D) e dos liberais do Renovar a Europa. Desta forma, o Conselho Europeu inicia o debate sobre cargos de topo da União Europeia (UE), que deve culminar com uma decisão na cimeira europeia no final do mês, discutindo-se o nome de António Costa para liderança da instituição.

“O Conselho Europeu é fundamental para designar os próximos cargos de alto nível da UE, nomeadamente eleger o presidente do Conselho Europeu, nomear o presidente da Comissão Europeia e nomear o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança”, assinala a instituição na agenda da cimeira informal.

Neste encontro de alto nível será então discutido o pacote sobre as lideranças institucionais (que inclui ainda a presidência do Parlamento Europeu, embora não oficialmente), sendo que “qualquer decisão do Conselho Europeu tem de refletir a diversidade da UE em termos de geografia, dimensão do país, género e filiação política”, lembra a instituição na nota de agenda.

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Os nomes que mais se falam em Bruxelas são os de António Costa para o Conselho Europeu, de Ursula von der Leyen para um novo mandato à frente da Comissão Europeia, da primeira-ministra da Estónia para Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança e de Roberta Metsola para reeleição na liderança do Parlamento Europeu.

Fontes europeias confirmam  que “as coisas vão na direção certa” para a nomeação de Costa, assim como de Von der Leyen e Metsola, não acontecendo o mesmo com Kaja Kallas por se esperar que, numa outra negociação fora da UE, se escolha o primeiro-ministro holandês, o também liberal Mark Rutte, para secretário-geral da NATO.

Os Socialistas europeus devem anunciar em breve o seu apoio oficial a António Costa, bem como o aval a Von der Leyen. Fonte do PPE indicou à Lusa que a posição do partido de centro-direita sobre apoio a António Costa depende do pacote apresentado no Conselho Europeu, embora haja interesse num acordo sobre os quatro cargos de topo. A mesma fonte lembrou o apoio de Luís Montenegro à nomeação de António Costa, que garantiu que não será bloqueado pela sua família política europeia.

Fonte dos Liberais escusou-se a comentar, indicando que a bancada do Renovar a Europa está concentrada na composição do grupo e só depois pensará nos lugares de topo. Em entrevista à Lusa no final de maio, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse ser “dever” dos líderes da UE chegarem, no final de junho, a acordo sobre as lideranças dos cargos de topo no próximo ciclo institucional, pela “continuidade” do projeto europeu.

Costa o eventual sucessor de Charles Michel

Foi aliás, para “maximizar as hipóteses” de acordo que Charles Michel organizou este jantar informal dos chefes de Governo e de Estado da UE de segunda-feira, antes da decisiva cimeira europeia de 27 e 28 de junho. Tem vindo, ainda, a realizar encontros bilaterais com líderes da UE, incluindo Luís Montenegro.

Apesar da sua demissão na sequência de investigações judiciais, o ex-primeiro-ministro português, António Costa, continua a ser apontado para suceder ao belga Charles Michel (no cargo desde 2019) na liderança do Conselho Europeu, a instituição da UE que junta os chefes de Governo e de Estado da UE, numa nomeação que é feita pelos líderes europeus, que decidem por maioria qualificada (55% dos 27 Estados-membros, que representem 65% da população total).

Além do primeiro-ministro português, Luís Montenegro, que já disse que apoiaria a nomeação de António Costa, há outros 11 chefes de Governo e de Estado do PPE (de países como Grécia, Croácia, Letónia, Suécia, Áustria, Irlanda, Roménia, Finlândia, Chipre, Polónia e Luxemburgo).

É também o Conselho Europeu que propõe o candidato a presidente da Comissão Europeia, instituição que tem vindo a ser liderada desde 2019 por Ursula von der Leyen, num aval final que cabe depois ao Parlamento Europeu, que vota por maioria absoluta (metade dos 720 eurodeputados mais um).

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