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Banco de Portugal muda-se para os terrenos da antiga Feira Popular de Lisboa

O Banco de Portugal (BdP) anunciou a centralização dos seus serviços em Lisboa num novo edifício a ser construído nos terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos. O projeto, desenvolvido pelo grupo Fidelidade, prevê a conclusão das obras em aproximadamente dois anos e meio, podendo estender-se um pouco mais

A instituição, governada por Mário Centeno, oficializou um memorando de entendimento com a Fidelidade para a aquisição do imóvel. De acordo com o comunicado do BdP, o acordo é resultado de um trabalho aprofundado de análise técnica, funcional e jurídica realizado por ambas as entidades. A formalização definitiva da aquisição dependerá da conclusão satisfatória das negociações e da obtenção das aprovações necessárias.

Os terrenos, que estão a ser desenvolvidos pela Fidelidade, abrigarão sete edifícios de escritórios e três de apartamentos, posicionando-se ao lado de uma das estações ferroviárias mais movimentadas do país. O projeto imobiliário, conduzido pela Cushman & Wakefield, inclui 128 mil metros quadrados de área bruta de escritórios, além de 249 apartamentos e 75 lojas, entre as quais um “distrito alimentar”.

O Banco de Portugal justificou a mudança destacando a infraestrutura moderna e funcional do novo edifício, que segue elevados padrões de sustentabilidade e estará integrado à comunidade. A previsão é de que as obras estejam concluídas no terceiro trimestre de 2027.

Este movimento também marca o desfecho de uma longa busca por um espaço adequado para unificar as instalações do banco na capital portuguesa. Em 2018, a instituição havia investido 40 milhões de euros na compra de um terreno no Alto dos Moinhos com o mesmo objetivo, mas o projeto acabou não sendo levado adiante.

Em nota, a Fidelidade reforçou que a transação está condicionada à obtenção das aprovações necessárias e à conclusão das negociações entre as partes.

Com esta mudança, o Banco de Portugal passa a integrar um novo polo económico e empresarial de Lisboa, consolidando a revitalização da zona de Entrecampos como um dos principais centros de negócios da cidade.

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